Relatório parcial

Eleições 2020: TSE registra 99 atos de violência política este ano

Os números do Tribunal, no entanto, não mostraram dados específicos sobre os crimes nas disputas pelo poder

Por ESTADÃO CONTEÚDO / REDAÇÃO
Publicado em 27 de novembro de 2020 | 10:30
 
 
Cassio Remis, ex-presidente da câmara municipal de Patrocínio e pré-candidato a vereador, foi assassinado em setembro Foto: Facebook / Reprodução

A Assessoria Especial de Segurança e Inteligência apresentou um relatório parcial apontando 99 casos de homicídio ou tentativas de assassinato de pré-candidatos e candidatos neste ano. O TSE, no entanto, não mostrou dados específicos sobre os crimes nas disputas pelo poder.

Os números divergem do monitoramento do Estadão, que apontou o maior número de mortes por motivações políticas este ano desde a Lei de Anistia e o início da redemocratização, em 1979. Desde janeiro, foram 107 assassinatos, segundo o levantamento. Das vítimas, 33 eram pré-candidatos e candidatos a prefeito e a vereador. Segundo o TSE, houve um salto de crimes desde 2016, quando 46 candidatos e pré-candidatos teriam sido alvo de atentados. Pelo monitoramento do Estadão, foram 47.

Assassinato em Patrocínio

Um dos casos mais graves aconteceu em Patrocínio no Alto Paranaíba. O ex-presidente da câmara municipal e pré-candidato a vereador Cassio Remis, de 37 anos, foi morto a tiro no dia 24 de setembro em frente à Secretaria de Obras da cidade.

Câmaras flagraram o momento em que o secretário de obras da cidade, Jorge Marra, assassinou Remis.  Marra é irmão do prefeito reeleito de Patrocínio, Deiró Marra. 

No dia 29 de novembro, acompanhe em O TEMPO a apuração do segundo turno das eleições 2020.

Leia também:

Eleições 2020: Após testes, TSE reafirma segurança para apuração do 2º turno

Eleições 2020: E-Título para justificar voto só poderá ser baixado até sábado; veja outras dicas

Eleições 2020: falta de justificativa impede expedição de documentos

Cidadão comum pode monitorar as Eleições 2020

Eleições 2020: TSE alerta sobre mensagens falsas de anulação das eleições