'Genocídio de jovens'

Eleições em BH: Marília Domingues critica volta às aulas de forma presencial

Para candidata do PCO, jovens fazem parte de setor oprimido da sociedade

Candidata diz que partidos precisam dar mais chance a jovens | Foto: Divulgação
Carlos Amaral
30/09/20 - 20h44

“A volta às aulas presenciais nas escolas e universidades hoje pode significar o genocídio da população jovem”. A afirmação é de Marília Domingues, candidata do PCO na disputa pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH). Na visão dela, não há segurança para esse retorno, e forçar a retomada pode comprometer a vida de estudantes e trabalhadores do setor de educação.

Marília Domingues defende acesso universal e sem vestibular às universidades e afirma que é preciso uma reforma na governança das instituições de ensino, para dar mais poder de decisão ao estudante. Segundo a postulante ao cargo de prefeita da capital, os jovens fazem parte de um setor oprimido da sociedade brasileira e, juntamente com mulheres, negros e pobres, compõem a parcela mais desfavorecida no país atualmente.

A candidata ressaltou que o desemprego da juventude está em alta no país e defendeu que os patrões paguem a conta da crise. “A juventude operária é a primeira a perder o trabalho em tempos de crise. Pedimos a redução da jornada e que os salários sejam mantidos,” destacou Marília Domingues.

Ela defendeu a importância de valorizar as candidaturas jovens. “Nossa candidatura jovem em BH e em outras cidades, como no Rio de Janeiro, mostra a preocupação em renovar o partido, dando cargos na executiva também, quebrando ambientes conservadores na estrutura partidária. Assim como no caso das mulheres, muitos partidos tiram a chance de os jovens, de natureza mais progressista, de mostrar que somos preparados”, disse a candidata, que tem 24 anos.

Questionada sobre o programa de governo do partido para a juventude em BH, ela afirma que é preciso situar melhor a capital no cenário nacional e considera que o grande problema do Brasil hoje é o governo do presidente Jair Bolsonaro.