Disputa

Eleições em BH: Nilmário diz que campanha vai ajudar a 'derrotar o bolsonarismo'

Em conversa com O TEMPO, o petista afirmou que sua campanha apostará nas redes sociais, na juventude e em quadros técnicos e fortes do partido para chegar ao segundo turno da corrida ao Executivo de BH

Nilmário Miranda (PT) foi o 5° a registrar candidatura para prefeito de BH no TRE | Foto: Reprodução / Facebook
Franco Malheiro
21/09/20 - 18h09

Encabeçando a chapa do Partido dos Trabalhadores (PT), o ex-ministro dos direitos humanos e ex-deputado federal Nilmário Miranda - 5 ° a registrar no TSE candidatura à Prefeitura de Belo Horizonte - afirmou que sua campanha apostará nas redes sociais, na juventude e em quadros técnicos e fortes do partido para chegar no segundo turno da corrida ao Executivo de BH. 

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Em conversa com o jornal O TEMPO, o petista, além de destacar as estratégias para a campanha, disse que sua candidatura também tem como objetivo “fazer frente e ajudar a derrotar o bolsonarismo no país.” 
“É preciso deixar claro que temos também como objetivo, apresentar uma proposta que ajude a derrotar o bolsonarismo no país. Pois precisamos apresentar soluções progressistas e viáveis que façam frente a todo esse projeto de poder que trouxe tantos retrocessos ao Brasil”, atacou o petista. 

A chapa petista, que além de Nilmário conta com a estudante Luana de Souza (PT), bem como o plano de governo da canidatura com 13 eixos de atuação, foram registrados neste domingo (20) no TSE. Miranda, no entanto, afirmou que oficialmente sua campanha começará no dia 27 de setembro, muito focada em redes sociais. 

“Nesse contexto de pandemia, estamos fortalecendo nossa campanha virtual e também em encontros por meio de aplicativos na internet. É uma campanha distinta das que já vivemos anteriormente, mas acredito que conseguiremos mostrar ao eleitoral uma candidatura forte, progressista e viável”, afirmou e destacou a importância da candidata à vice prefeita no diálogo com a juventude e com a periferia. 

“Luana é da periferia, é da juventude negra, tem um diálogo muito forte nas vilas e favelas, sabe quais as demandas que essa população  possui e ela tem feito muitas reuniões com bases comunitárias para trazer para nosso plano de governo todas as necessidades dessa população”, destacou.

O petista afirmou que já vem se reunindo com diversas entidades e grupos técnicos na construção de sua candidatura e das propostas de governo. 

"Estamos muito preparados. Há 70 dias que me reúno, elaborando o melhor plano para Belo Horizonte diante do diagnóstico atual que temos. Nós temos gente muito boa em nossos quadros, que estão trabalhando nas melhores propostas para Belo Horizonte em todas as áreas. Assim que nossa candidatura começar a ficar mais conhecida, temos a confiança que podemos chegar em um segundo turno”, garantiu. 

Sem coligação

Pela primeira vez, o partido vai sozinho sem coligação para  a disputa pela PBH. Ponto esse que Miranda afirma ter tentado reverter com reuniões entre outras legendas, mas confia na militância e nas bancadas petistas da ALMG e na Câmara Federal na disputa do eleitorado

“Nó somos a terceira chapa em tempo de TV, temos uma militância grande, e apesar do antipetismo, temos uma preferência partidária muito alta, e além é claro da nossa bancada parlamentar, com dez deputados estaduais e oito deputados federais por Minas no partido, sendo a maioria de Belo Horizonte. São quadros que sabem disputar o voto e vão nos ajudar na campanha”, afirmou Miranda.

Segundo ele, a legenda se reuniu com o  PSOL,  e com o PCdoB - aliado histórico -  para tentar formar coligação, mas ambos partidos lançaram candidaturas próprias. Miranda também minimiza a possibilidade pulverização dos votos do campo da  esquerda no primeiro turno e espera, em um possível segundo turno, formar uma frente ampla progressista. 

“Iremos dividir voto, mas vale lembrar que o voto da direita irá pulverizar muito mais entre um número bem maior de candidatos. Nosso objetivo agora é chegar no segundo turno e aí depois temos a certeza que formaremos uma frente ampla de esquerda e progressista na disputa”, ressaltou.

Antipetismo

Perguntado a respeito da rejeição alta que o PT vem adquirindo em todo país, Miranda afirmou que sempre houve rejeição à legenda, mas que agora, o que difere, é que “há uma campanha mais odiosa, violenta e agressiva”. O candidato, no entanto, afirmou que pretende trabalhar em uma campanha sem agressões e apostará no debate democrático. 

“Sempre tivemos uma rejeição, assim como sempre tivemos um índice alto de preferência eleitoral. A diferença é que antes havia diálogo com a direita, agora as campanhas são mais agressivas e odiosas, mas nós não vamos entrar nesse jogo. Iremos focar no debate democrático de ideias, como sempre fizemos”, concluiu.