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Eleições em BH: Nilmário faz carreata e aposta em sua chegada ao 2° turno

Em um carro de som, o candidato do PT percorreu ruas da região Nordeste da capital na manhã deste domingo

Por Thaís Mota
Publicado em 25 de outubro de 2020 | 11:42
 
 
Nilmário Miranda (PT) em carreata por ruas do bairro Vitória, região Nordeste de BH Foto: Thaís Mota

Apesar da chuva, Nilmário Miranda (PT) manteve parte da agenda prevista para este domingo (25) e realizou uma carreata por ruas da região Nordeste de Belo Horizonte. A concentração aconteceu em uma praça do bairro Vitória e a carreata saiu por volta de 10h.

Segundo o candidato à Prefeitura de Belo Horizonte, a carreta tem sido um método eficaz na campanha eleitoral em meio à pandemia de coronavírus. “Vamos sempre com dez ou doze carros para não atrapalhar o trânsito e um caminhão de som que é para falar com o povo e comunicar diretamente”, disse.

Ele acrescentou ainda que esse um jeito de conversar com a população sem promover aglomerações ou colocar as pessoas em risco. “Temos que fazer a campanha pela televisão e rádio e fazer esses movimentos de ida ao povo. Já que não podemos ir de casa em casa, não podemos fazer corpo a corpo por causa da pandemia, a maneira de mais próximo chegar nas pessoas são as pequenas carreatas”. 

Ele disse ainda que na região Nordeste o PT é bem avaliado. “Aqui na região Nordeste, em todas as últimas eleições, o PT ganhou. Desde o tempo de Patrus Ananias, Célio de Castro, Pimentel, as eleições de Lula e Dilma. Em todas, o PT ganha. É uma tradição aqui e, por isso, estamos rodando para conversar com o povo”.

Antes do início da carreata, Nilmário subiu no carro de som para conversar com moradores dos conjuntos Juliana e Vitórias, obras que segundo ele foram realizadas durante a gestão de Fernando Pimentel à frente do governo de Minas Gerais. 

No microfone, ele se apresentou e apresentou sua vice, Luana Souza. Também destacou obras das gestões do PT em Belo Horizonte e destacou que é possível retomar o projeto que o partido iniciou em governos passados.

Mais cedo, por conta da forte chuva, Nilmário cancelou a gravação de programa eleitoral prevista para ocorrer no Morro do Papagaio.

Expectativa 

Nilmário também destacou que essa é uma eleição muito diferente das anteriores, mas acredita que isso deve mudar nas próximas três semanas que faltam para o primeiro turno. Ele disse ter percebido uma maior disposição das pessoas em relação às eleições e, por isso mesmo, ele acredita na possibilidade de chegar ao segundo turno. E citou que, na última eleição municipal, o candidato do PT à prefeitura, deputado federal Reginaldo Lopes, tinha 1,5% nas pesquisas de intenção de votos e acabou com uma votação bem superior.

“Exatamente nesse dia, faltando 21 dias, ele tinha 1,5%. Chegou na eleição, ele teve 8,2%. Foi uma eleição difícil porque estava no auge da tentativa de demonizar o PT, com delações arranjadas. Não foi um grande desempenho, mas elegeu três vereadores (dois do PT e um do PCdoB, que na época estavam coligados). Agora, a situação mudou porque o bolsonarismo aqui está amplamente rejeitado”, disse.

Ele disse ainda que a pandemia, mudanças no jogo eleitoral, como por exemplo, o tempo de TV, e a não realização de debates têm reforçado o desconhecimento da população acerca das candidaturas à prefeito e dado mais força ao prefeito Alexandre Kalil (PSD), que busca a reeleição. “Única pessoa que o povo sabe que é candidato é o prefeito. Ali na padaria, eu tive que me apresentar e dizer que sou candidato”, disse. 

Ainda segundo Nilmário, é importantíssimo que a eleição se dê em dois turnos para que a população possa comparar os projetos propostos. “Acho que Belo Horizonte é uma cidade muito exigente e deve buscar um segundo turno para se permitir confrontar quem tem as melhores propostas, se é o prefeito que lidera as pesquisas ou se é a gente, que governou quatro vezes e que tem uma proposta para o pós-pandemia”, concluiu.