Habitação

Eleições em BH: Nilmário propõe novo 'Vila Viva' para garantir acesso à moradia

Redistribuição de lotes e apartamentos desocupados estão entres as medidas apontadas pelo petista para sanar o déficit habitacional da cidade

Por Franco Malheiro
Publicado em 23 de setembro de 2020 | 18:11
 
 

Garantir subsídios e impulsionar a autogestão de multirões na construção de novos conjuntos habitacionais, adquirir lotes urbanos e apartamentos desocupados para diminuir o déficit habitacional, promover a regulação fundiária da cidade e levar infraestrutura urbana para áreas de assentamento. Essas são algumas das propostas apresentadas pelo candidato à prefeito de Belo Horizonte Nilmário Miranda (PT) para a política habitacional da cidade. 

Para a construção de suas propostas na área, o candidato disse que se inspirou em programas habitacionais de outras gestões petistas, como o programa de nível federal "Minha Casa Minha Vida" criado no governo Lula e o programa "Vila Vivo", que foi implantado em Belo Horizonte na gestão de Fernando Pimentel.

 "Faremos isso a partir de algumas frentes: uma seria adquirir lotes urbanos e, por meio de subsídio, promover a autogestão de grupos na construção de novos conjuntos, adquirir também apartamentos desocupados na cidade, promover a regulação fundiária em assentamentos que não estejam em áreas de risco e levar a esses locais infraestrutura urbana para garantir acesso daquela população a outros serviços, além de manter e aprimorar o programa do aluguel social”, elencou Nilmário. 

O petista deu um destaque maior ao atendimento à população em situação de rua.

“Atualmente, ainda mais depois da pandemia, o números de pessoas vivendo em situação de rua aumentou de forma assustadora em Belo Horizonte. Precisamos retomar o crescimento econômico da cidade fomentando a criação de emprego e renda atender essa população com programas do aluguel social e de moradias”, afirmou e ainda destacou o déficit habitacional da cidade. 

“Hoje em Belo Horizonte existem cerca de 70 mil moradias desabitadas e muitas completamente abandonadas, devendo encargos ao município e estado; na contramão disso, a cidade possui uma grande população em situação de rua, ou vivendo em moradias precárias em áreas de risco”, ressaltou 

De acordo com dados do CadÚnico, do governo federal, do IBGE e da Fundação João Pinheiro, atualmente em Belo Horizonte,  50 mil famílias não possuem casa, 822 famílias vivem em habitações precárias e outras 41 mil pagam aluguel abusivo, enquanto 64 mil moradias estão desabitadas.
 

Assentamentos e ocupações

Segundo o petista, cada demanda será atendida dentro de sua individualidade. Para os casos, de moradias em áreas de risco e que estejam em áreas de preservação ambiental o plano é dar acesso à melhores condições de moradia a essas famílias. 

Em outros casos, Nilmário destacou a importância de promover a regulação fundiária, evitando assim, o risco de despejos e garantir acesso à infraestrutura urbana para a população dessas áreas.