Debate

Eleições em BH: Vice de Áurea defende enfrentamento a 'máfias' na capital

Léo Péricles (UP) participou de debate online com outros candidatos de esquerda e falou sobre transporte público, moradia e coleta seletiva

Por Thaís Mota
Publicado em 12 de novembro de 2020 | 18:30
 
 
Leonardo Péricles (UP) participou de um debate online do Coletivo Alvorada Foto: Reprodução

/hotsites/eleicoes-2020/apuracao/Candidato a vice-prefeito de Belo Horizonte na chapa de Áurea Carolina (PSOL), Leonardo Péricles (UP) participou de um debate online na tarde desta quinta-feira (12) promovido pelo Coletivo Alvorada. Ele substituiu Áurea que, segundo sua assessoria de imprensa, não dormiu bem à noite preocupada com sua equipe de campanha, após um colaborador ter o diagnóstico confirmado para a doença na última quarta-feira.

No debate, que contou com a participação dos também candidatos de esquerda Nilmário Miranda (PT) e Wadson Ribeiro (PCdoB), Léo Péricles falou que é preciso coragem para enfrentar as "máfias" em BH, referindo-se ao transporte público, limpeza urbana e especulação imobiliária.

"É necessário trilhar outro (modelo de) desenvolvimento urbano e, nesse sentido, nós entendemos que começa pelo enfrentamento às máfias. Hoje são algumas que dominam a nossa cidade: a máfia do transporte coletivo, por exemplo, que dentre outras coisas impede até o avanço do metrô", disse. Entre suas propostas está a redução do valor da tarifa de transporte em BH, além de rever o contrato assinado em 2008 e, a médio e longo prazo, municipalizar o transporte público.

Em relação aos outros temas, Péricles disse que é necessário acabar com a especulação imobiliária destinando imóveis abandonados, especialmente na região central da cidade, à moradia. Já em relação à limpeza urbana, ele falou sobre a expansão da coleta seletiva. "Além do enfrentamento à máfia do lixo. É um absurdo uma cidade como Belo Horizonte não ter coleta seletiva ampla e que abranja praticamente toda a população", disse.

Também criticou a gestão do prefeito Alexandre Kalil (PSD) em relação à política habitacional e ao transporte público, mas principalmente em relação à pandemia de coronavírus. A gestão do Kalil foi uma gestão do 'fingiu fazer' porque defendeu o isolamento social e isso está certo, só que não criou condições para as pessoas ficarem em casa. Isso gerou um pânico, inclusive nos micro e pequeno empresário, nos ambulantes e trabalhadores informais que são uma grande parcela da população de Belo Horizonte. Chega a ser irresponsável defender o isolamento e não criar condições".

Nesse sentido, ele apresentou a proposta do programa de governo da Frente de Esquerda BH em Movimento que traz um programa de renda solidária para "garantir uma renda básica de no mínimo R$ 600 para 210 mil pessoas" por meio da taxação dos 20% de pessoas mais ricos. Além disso, ele propôs o passe livre no transporte coletivo para estudantes e desempregados. 

 

No dia 15 de novembro, acompanhe ao vivo em O TEMPO a apuração e o resultado das eleições 2020 em Belo Horizonte e em cidades de outros estados do Brasil.