Economia

Eleições em BH: Wadson Ribeiro propõe renda básica de R$ 250 para os mais pobres

Candidato do PCdoB também quer retomar obras públicas e não tratar trabalhadores informais como adversários da prefeitura

Secretário Wadson Ribeiro representou Pimentel no evento | Foto: MOISÉS SILVA
Pedro Augusto Figueiredo
30/09/20 - 13h43

O candidato do PCdoB à Prefeitura de Belo Horizonte, Wadson Ribeiro, propõe uma renda mínima de aproximadamente R$ 250, o equivalente ao valor de meia cesta básica, para as famílias da capital que mesmo em situação de pobreza não são beneficiadas pelo Bolsa Família. 

Ele também pretende retomar obras públicas e abrir espaço para trabalhadores informais de forma a gerar empregos após a pandemia já que considera que o principal desafio de Belo Horizonte será gerar emprego, trabalho e renda. 

“Nós queremos ter um programa que leve a 42 mil famílias em Belo Horizonte, que estão na pobreza mas não recebem o Bolsa Família, um programa de transferência de renda municipal porque esse dinheiro ao ser aplicado no cidadão, volta para a cidade em impostos, o que alimenta a economia do município”, diz.

O custo total anual estimado no plano de governo é de R$ 120 milhões. De acordo com o candidato do PCdoB, há espaço fiscal porque a prefeitura registrou superávit de R$ 109 milhões em 2019.

No entanto, Wadson Ribeiro faz uma ressalva: os dados sobre as famílias de baixa renda que não recebem Bolsa Família são de 2018 e o cenário pode ter se agravado durante a pandemia.

Em conjunto com a renda mínima, ele pretende retomar as obras na cidade para gerar empregos, seja concluindo as já existentes ou abrindo novas frentes.

Outra proposta é desburocratizar e agilizar o processo para quem quer ser empreendedor, assim como deixar de tratar como adversários da prefeitura os trabalhadores que atuam na informalidade.

“É preciso a gente fazer que os que estão na informalidade possam se tornar formais, mas enquanto estão atuando na informalidade, possam ter mais espaço para vender seus produtos, terem renda e condições de sobrevivência”, explica.

“Esses três eixos são importantes para uma retomada imediata da economia de Belo Horizonte”, conclui Wadson Ribeiro.