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Eleições em BH: Wanderson Rocha quer distanciamento de Zema e Bolsonaro

Candidato pretende ficar próximo do povo e da classe trabalhadora

Por Gabriel Moraes
Publicado em 01 de outubro de 2020 | 10:18
 
 

Crítico ferrenho dos governos de Romeu Zema (Novo) e de Jair Bolsonaro (sem partido), o candidato a prefeito de Belo Horizonte Wanderson Rocha (PSTU) deseja, durante o seu mandato, caso seja eleito, manter o maior distanciamento possível dos atuais mandatários. Segundo ele, governador e presidente praticam atos maléficos à população.

"Nós, do PSTU, até colocamos em nosso programa que os governos de Zema, Bolsonaro e Mourão (vice-presidente) aplicam medidas que não são favoráveis à classe trabalhadora e ao povo pobre. Exemplos disso são a política de redução salarial, o congelamento de carreiras dos servidores estaduais e o ajuste fiscal do Zema em plena pandemia, que atingiu em cheio os trabalhadores públicos", disse.

Ainda de acordo com Rocha, nem mesmo uma relação republicana faria sentido em seu mandato, já que o grande objetivo será tirá-los do poder até 2022. "Nós compreendemos que eles simbolizam uma política ultraliberal, causando prejuízos, por isso, a população tem que se mobilizar para até 2022 tirá-los dos governos. Seria incoerente da nossa parte ter qualquer relação republicana com eles ou uma política de aproximação. Discordamos totalmente que o poder econômico atue sobre as políticas públicas. R$ 1 trilhão para socorrer os bancos? Sem condições", afirmou.

Como um exemplo de sobreposição dos interesses econômicos sobre os sociais, o candidato à prefeitura de BH lembrou sobre a promessa de ampliação do metrô da capital, que se arrasta há anos. "Tivemos diversos governos, tanto municipal quanto federal, em que não saiu o metrô. Isso porque tem uma intervenção do poder econômico, já que os donos de empresas de ônibus não deixam. Por isso, não podemos ter uma relação republicana com eles, pois isso levaria ao caos, ao desembrego e à pobreza", afirmou.

"Nós vamos ter uma relação de proximidade é com o povo pobre, com os donos de pequenos negócios. Não com o Bolsonaro, que não defendeu o isolamento durante a pandemia, e com o Zema, que até disse que o vírus precisava viajar um pouco. Não vamos abrir mão disso, ao contrário de alguns candidatos que se consideram de esquerda mas querem se alinhar com eles", concluiu.