Violência doméstica

Eleições em Nova Lima: botão do pânico e aluguel social para mulheres

Candidatos querem ainda ampliar ações já existentes para as vítimas de violência

Por Bruno Menezes
Publicado em 06 de novembro de 2020 | 06:00
 
 

A proteção e o auxílio às mulheres vítimas de violência doméstica estão entre as propostas dos candidatos à Prefeitura de Nova Lima. De acordo com dados da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública, de janeiro de 2018 a outubro deste ano, a cidade registrou 2.283 ocorrências do tipo, uma média de 761 por ano. No mesmo período, oito mulheres morreram vítimas de feminicídio: duas em 2018 e seis em 2019. Em 2020, nenhuma ocorrência foi registrada em Nova Lima.  

O vereador Wesley de Jesus (DEM) quer ampliar o trabalho já realizado pela atual gestão, com o Centro de Referência da Mulher e a casa de passagem que atende mulheres ameaçadas de morte por meio de um consórcio entre Nova Lima, Belo Horizonte e outras cidades da região metropolitana. “Nós temos a Coordenadoria da Mulher e o Centro de Referência da Mulher e temos que ampliar e melhorar o atendimento da nossa cidade com essa rede de proteção. Queremos ampliar o centro de referência, que funciona hoje com atendimento psicológico e psiquiátrico, além de um espaço onde ela consiga socializar”, afirma. 

O candidato também planeja implantar o botão do pânico no município. “Seria para as mulheres que já estiverem com medida protetiva, amparadas de uma forma pelo poder público, e tiverem denunciado algum tipo de agressão para que ela possa ter um acesso direto à Guarda Municipal em caso de qualquer tipo de problema ligado à violência”, explica Wesley de Jesus. 

Inclusão. O atual vice-prefeito de Nova Lima, João Marcelo Dieguez (Cidadania), afirma que em um eventual governo vai criar o programa Nova Lima Inclusiva, que, entre outras atividades, pretende dar apoio às mulheres vítimas de violência. “Dentro do nosso plano de governo, está o programa que trata desses grupos historicamente deixados de lado e que prevê, no caso específico das mulheres, a instituição do aluguel social para as mulheres em situação de violência. Ele vai amparar as mulheres que muitas vezes não têm para onde ir. Para que a gente possa dar a elas e aos filhos a sensação de proteção e segurança”, pontua.  

João Marcelo Dieguez também defende a ampliação da rede de proteção das mulheres na cidade. “A gente precisa ampliar essa rede de proteção para que ela atenda Nova Lima como um todo. É preciso atender a região Noroeste e a região Nordeste. Na região Noroeste, por exemplo, onde ficam os bairros Água Limpa e Jardim Canadá, nós precisamos fortalecer e ampliar indiscutivelmente”, pontuou.

Candidato vai ampliar apoio jurídico

O advogado Dr. Juarez (Solidariedade) defende a oferta de apoio social e jurídico para as mulheres vítimas de violência e seus filhos. “Precisamos de um local para dar amparo a mulheres logo após a agressão”, afirma.  

Juarez explica que há um convênio entre o Instituto Nova-limense de Estudo do Sistema Penitenciário (Inesp) e a Faculdade de Direito Milton Campos para dar atendimento jurídico às mulheres. “Ele está parado agora porque não está havendo aula. Mas isso retorna logo, e nós vamos implantar esse sistema de uma forma mais rigorosa, chegando à prefeitura”, diz. (BM)

Capacitar vítima para trabalhar é o foco

Soldado Flávio de Almeida (PT) quer criar a Secretaria de Mulheres e ampliar a Casa de Apoio de Atendimento às Mulheres. “Queremos garantir abrigo às vítimas e seus filhos, além de formação profissionalizante”. Ele também vai criar um centro de saúde especializado em saúde da mulher e adolescente. 

Jobert Jobão (UP) prevê o fortalecimento da rede de apoio às mulheres e a garantia de acesso ao mercado de trabalho. Já Sérgio Americano Mendes (Podemos) quer ampliar o Centro de Referência de Atendimento às Mulheres com assistência jurídica e psicológica e de saúde. 

 

 

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