Café com Política

João Marcelo diz que Nova Lima precisa melhorar a capacidade de investir

Com previsão de fechar o ano com saldo positivo de R$ 400 milhões em caixa, atual vice-prefeito afirma que falta investimento em áreas importantes para o desenvolvimento da cidade

Bruno Menezes
28/10/20 - 09h23

O atual vice-prefeito de Nova Lima, João Marcelo Dieguez (Cidadania) afirmou nesta quarta-feira (28) que a prefeitura da cidade precisa investir melhor os recursos que tem em caixa. A fala foi proferida durante entrevista ao quadro Café com Política da rádio Super Notícia 91,7 FM. Para a virada do ano, a previsão é de que o executivo municipal da cidade tenha um saldo positivo de até R$ 400 milhões nos cofres, situação bem diferente de outro municípios.

João Marcelo destacou que durante a atual gestão foi feito um trabalho de reequilíbrio financeiro das contas públicas, mas que para ele não é orgulho fechar o ano com tanto dinheiro em caixa, pois a prefeitura não é um banco para ficar guardando dinheiro em conta ou apresentar lucros ao fim de cada ano. 

“Pra mim não é orgulho nenhum terminar com esse recurso em caixa. A prefeitura não é um banco pro dinheiro ficar rendendo. Não é uma empresa para no final do ano apresentar lucros. O nosso modelo de gestão é um modelo mais eficiente. A gente acredita que apesar de melhorar a arrecadação e a forma de custeio nós precisamos melhorar a nossa capacidade de investir. Com o recurso em caixa que nós temos, a Prefeitura de Nova Lima vive uma realidade diferente de muitas outras em nosso Estado e nosso país. Temos condições de investir em importantes obras que vão mudar o futuro da cidade como são as de mobilidade”, afirmou o candidato.

Como uma das principais bandeiras de um eventual governo, o político afirma que a revisão do plano diretor de Nova Lima é essencial para nortear o crescimento da cidade e possibilitar  o desenvolvimento econômico. O plano diretor no município foi criado em 2007 e já devia ter passado por revisão há três anos, como estabelece o Estatuto da Cidade na Lei 10.257/2001.

“Nós temos convicção de que Nova Lima é uma cidade extensa territorialmente, com riquezas naturais que devem ser preservadas, mas com possibilidade de se desenvolver de forma ordenada, de forma planejada. Isso significa estabelecer regiões onde possamos atrair empresas de alto valor agregado, que vão gerar renda, emprego, arrecadação pro município e ter um baixo impacto ambiental. Através da revisão nós vamos poder também determinar as zonas de interesse social para encarar, de frente, o déficit habitacional no município”, disse. 

Profissão do futuro

Apesar de ser conhecida como um polo de inovação de tecnologia, João Marcelo afirma que a região do Vila da Serra possui poucos nova-limenses trabalhando no setor. Para mudar essa situação, o candidato propõe investir na capacitação de pessoas. 

“Por isso que nós vamos criar a primeira escola pública de programação e robótica do Brasil. Para que as crianças e os jovens de Nova Lima, seja de Santa Rita, Honório Bicalho, do Jardim Canadá, do Centro, do Rosário, tenham a oportunidade de se formarem como programadores. Programador hoje é o emprego do futuro. Nós temos dentro de Nova Lima o ambiente ideal para esse profissional e nós não capacitamos pessoas”, explicou. 

Álcool e drogas

Em seu plano de governo, João Marcelo Dieguez defende a criação de um plano de combate ao uso de álcool e drogas. Para isso, o postulante afirma que pretende, dentre outras ações, criar a Secretaria dos Direitos da Cidadania. 

“É uma secretaria que vai empoderar o trabalho de diversas políticas públicas, como por exemplo as de combate às drogas. Nós defendemos, como uma forma de encarar a questão das drogas,  a oportunidade. Seja a oportunidade de qualificação, cultura, lazer ou de esportes. Vai ser assim que nós vamos tirar a nossa juventude e as nossas crianças das drogas”, pontuou.