Obras

Kalil pretende fazer concessões de direito de uso em espaços 'abandonados' em BH

Na prática, a prefeitura concede ao privado o direito de reformar algum local público, desde que ele possa ser disponibilizado para o uso da comunidade

Por Gabriel Moraes
Publicado em 20 de outubro de 2020 | 14:41
 
 
Kalil concedeu esse direito em um campo de futebol no Morro das Pedras Foto: Rodrigo Clemente / PBH

Usando como exemplo um campo de futebol totalmente reformado no aglomerado Morro das Pedras, região Oeste de Belo Horizonte, o prefeito e candidato à reeleição Alexandre Kalil (PSD) pretende continuar fazendo concessões de direito de uso em espaços públicos que estão praticamente abandonados na cidade. Pelo menos cinco obras desse tipo estão em andamento.

Na prática, a prefeitura concede a alguma empresa privada ou pessoa física o direito de reformar e melhorar algum local, desde que ele possa ser disponibilizado para o livre uso da população. No entanto, o privado poderá, durante um período do dia, alugar aquele lugar para gerar renda.

Em sua propaganda eleitoral veiculada na televisão nesta terça-feira (20), Kalil mostrou como estava o campo citado acima em 2016, durante sua primeira campanha, e como ele ficou após esse direito de uso. Com falas de populares sobre o quanto aquilo foi benéfico, o político afirmou que esse trabalho não vai parar, principalmente porque ele não é custeado pelo Executivo.

"Quando eu fui, eu fiquei horrorizado. Era um lixão, uma aberração. Então, nós fizemos uma permissão de uso, como estamos fazendo em mais cinco e vamos fazer em todos. A comunidade usa, a comunidade tem o direito de uso, e o parceiro tem o direito do aluguel à noite", disse.

"Isso não custou nada para a prefeitura. Então, eu fico muito feliz de ver agora uma coisa que me incomodou tanto, me chocou tanto na campanha, estar do jeito que está. Isso não custou dinheiro. Isso custou boa vontade, coragem. Isso custou tudo que a gente queria fazer para aquela comunidade. E uma coisa simples, uma coisa boba, uma coisa feita pelo coração da gente e não para os olhos. É uma coisa que muda a vida da comunidade e das pessoas", argumentou Kalil.