Café com Política

Lafayette Andrada propõe gestão integrada para aumentar segurança pública em BH

Candidato do Republicanos diz que integração entre secretarias vai reduzir a violência em BH

Elisângela Orlando
26/10/20 - 11h07

Candidato do Republicanos à Prefeitura de Belo Horizonte, Lafayette Andrada afirmou que, se for eleito, vai promover a integração da gestão da segurança pública. “Todos os órgãos precisam de agir para ajudar a segurança pública. Segurança pública não é só problema de polícia. Ou seja, a ação integrada de várias secretarias vai diminuir a violência”, disse.

A afirmação foi feita pelo candidato nesta segunda-feira (26) em entrevista no quadro Café com Política, do programa Super N, da rádio Super 91,7 FM. O programa entrevista, diariamente, um dos 15 candidatos que concorrem à PBH nas eleições deste ano.

“Vamos supor que existe uma pracinha que está mal iluminada, mal conservada. Essa pracinha vira ponto de drogas, de violência, de prostituição. Se nós fizermos uma ação integrada de várias secretarias, vamos acabar com a violência naquela pracinha. A secretaria de obras, por exemplo, ilumina a pracinha e faz a conservação dos jardins; a secretaria de esportes promove esportes no fim da tarde; e a secretaria de educação abre as portas das escolas que ficam perto da pracinha para as pessoas usarem a quadra esportiva ou a mesma biblioteca. Isso acaba com a violência”, explicou Andrada.

Outra proposta do postulante à PBH para a área da segurança pública é aumentar e reforçar a Guarda Municipal. “Assim como existe no Exército o alistamento obrigatório quando o jovem faz 18 anos, eu proponho fazer o alistamento facultativo, com o objetivo de contratar, todos os anos, 12 mil jovens para reforçar a Guarda Municipal para que haja monitoramento nas praças, nas escolas, nos pontos de ônibus, sobretudo na parte da noite, em que as mulheres são muito vulneráveis”, destacou.

Sobre seus projetos para a saúde, Lafayette Andrada falou sobre a necessidade de pactuação com outros municípios, tendo em vista que muitos pacientes vêm da Região Metropolitana de BH e buscam de atendimento especializado na capital. “Se a rede municipal de saúde vai ser utilizada, obviamente que ela tem que ser paga. O SUS é compartilhado. Todos têm que custear a saúde, senão a saúde não chegará para todos”, destacou.

Questionado sobre que ações ele teria tomado na pandemia do novo coronavírus (Covid-19) e se elas seriam diferentes das que o atual prefeito e candidato à reeleição, Alexandre Kalil (PSD), adotou, Andrada afirmou que também teria fechado a cidade no início, mas que teria preparado a cidade. 

“Isso ele (Kalil) não fez. Todos compreenderam que a ideia de se fechar é preparar a cidade para a pandemia. Quando ele fechou a cidade, prometeu que ia comprar sete mil respiradores e não comprou nenhum, não abriu nenhuma vaga nova no sistema de saúde para o tratamento da Covid-19, não contratou nenhuma equipe nova de saúde. É isso que ele não fez. Ele não preparou a cidade e nesse aspecto eu acho que ele agiu mal. A administração não se planejou”, criticou o candidato do Republicanos.

A nova pesquisa DataTempo/Quaest à Prefeitura de Belo Horizonte, contratada pela Sempre Editora e divulgada nesta segunda-feira (26), aponta que, em relação ao levantamento do mesmo instituto que foi divulgado no dia 5 de outubro, Lafayette Andrada caiu de 1% para 0% na preferência do eleitorado.

Apesar disso, ele assinalou que está confiante. “O eleitor só começa a se preocupar com isso a dez dias da eleição. Acreditamos que, a partir do início de novembro, é que eles vão começar a escolher seus candidatos e, então, seguiremos rumo ao segundo turno”, enfatizou Andrada.