Esquerda

Marília pede esquerda unida, mas ainda não crê em reaproximação de Lula e Ciro

Candidata do PCO diz que eleições municipais mostra tentativa de isolamento da esquerda por setores burgueses e de direita

Candidata fala a respeito da gestão popular na saúde em Belo Horizonte | Foto: Marília Domingues / Divulgação
Carlos Amaral
30/10/20 - 19h45

Marília Domingues (PCO) afirmou nesta sexta-feira (30) que as eleições municipais deste ano têm demonstrado uma tentativa de isolamento dos partidos da esquerda nacional por setores burgueses e de extrema direita. A candidata à prefeitura de Belo Horizonte afirmou que o grande número de impugnações de candidaturas do próprio partido dela (o PCO) e também do PT, revelam que a direita está preparando o terreno para 2022.

“Mais do que nunca as eleições deste ano são um jogo de cartas marcadas. O PCO é o partido que proporcionalmente tem mais candidaturas impugnadas, 24% e o PT é o campeão em números absolutos. A direita quer tirar os aparatos locais da esquerda para que em 2022 possa continuar governando o país”, destacou a candidata.

Para Marília, que defende a união da esquerda em relação à candidatura do ex-presidente Lula em 2022, a possível reaproximação dele com o ex-ministro e ex-governador Ciro Gomes (PDT) precisa ser vista com muita calma.  “Nós temos que analisar se isso não é só uma especulação e como estaria acontecendo. O Ciro se diz de esquerda, mas tem muitas posições direitistas. Ele defende latifundiários do Nordeste”, afirmou Marília.

Mesmo havendo divergências entre candidaturas da esquerda, a candidata propõe que a militância socialista ganhe as ruas nestas eleições para denunciar a “ruptura democrática e o golpe de estado".