Café com Política

'Nós vamos vencer porque temos o melhor projeto para BH', diz Rodrigo Paiva

Candidato apoiado por Zema prometeu que a expansão do metrô vai acontecer em sua gestão e que vai andar de mãos dadas com o governador e o presidente

Por Gabriel Moraes
Publicado em 23 de outubro de 2020 | 10:20
 
 

Apesar de aparecer em 6º lugar nas pesquisas de intenções de voto em Belo Horizonte, tanto na DataTempo/CP2, divulgada na última segunda-feira (19), quanto na Datafolha, publicada nessa quinta-feira (22), o candidato a prefeito Rodrigo Paiva (Novo) ainda acredita que pode vencer as eleições. Ele aposta em seu projeto para governar a cidade, considerado por ele o melhor.

Durante entrevista ao Café com Política, da Rádio Super, na manhã desta sexta-feira (23), ele foi perguntado sobre o que ainda é preciso fazer para emplacar a sua campanha. "Na verdade, a nossa campanha emplacou sim. As pesquisas mostram a situação atual. Nós vamos vencer as eleições porque nós temos o melhor projeto para Belo Horizonte. Nós temos soluções para resolver a questão da mobilidade, do transporte urbano e geração de empregos", afirmou.

Paiva acredita que uma de suas melhores propostas é com relação à economia, duramente afetada pela pandemia de Covid-19. "Nós temos propostas inovadoras para resolver essa questão, e eu já adianto: nós vamos reduzir impostos. O nosso projeto para BH passa por ser amigo dos empreendedores. Hoje, a Prefeitura de Belo Horizonte é inimiga das empresas. Ela espanta as pessoas e as empresas da cidade", disse.

 O candidato do partido Novo explicou como vai atrair de volta as firmas para a capital. "Nós estamos com esses dois estudos: redução do ISS (Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza) ou redução do ITBI (Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis). Você vai abrir uma empresa, e na cidade vizinha onde o ISS é 2% e em BH é 5%, onde você vai abrir a empresa? É obvio que na vizinha, ninguém é bobo", questionou.

Rodrigo Paiva também criticou a burocracia na cidade para se empreender, usando como exemplo um vendedor ambulante. "Em uma das visitas que fiz à uma praça do bairro Cachoeirinha, eu encontrei com um vendedor de churros e eu perguntei para ele se tinha licença da prefeitura para trabalhar. Ele me falou que está há nove meses aguardando. E eu perguntei para ele se ele já teve o carro apreendido, e ele falou que não, porque corre muito. Olha a situação que temos. Quem tem que correr é bandido", argumentou.

Educação

De acordo com o político, que é diretor-presidente licenciado da Companhia de Tecnologia da Informação do Estado de Minas Gerais (Prodemge), é preciso fazer uma revolução nesse setor na cidade, focando na qualificação dos profissionais, não necessariamente em salários. Ele também usou exemplos de educandários particulares. "A educação em Belo Horizonte está andando para trás como toda a cidade. Nós temos em BH os dois melhores colégios do Brasil: o Bernoulli e o colégio Santo Antônio. Ou seja, nós temos profissionais com extrema qualidade e competência para fazer a melhor educação do país", afirmou.

"Nós podemos fazer isso no âmbito municipal. Eu acredito que com competência e seriedade nós podemos voltar o que foi perdido em uma geração. Ambos, meu pai médico e minha mãe médica veterinária, estudaram no colégio Marconi, uma escola pública municipal. Era um colégio de excelência, da mesma forma que era o colégio Estadual Central", relembrou.

Mobilidade

Rodrigo Paiva propôs realizar obras para a população gastar menos tempo de deslocamento. "As pessoas perdem de duas a três horas do dia delas deslocando de um ponto a outro. Eu mesmo, como presidente da Prodemge, gastava da minha casa até à Cidade Administrativa duas horas por dia. Tem gente que gasta três. Isso está errado, é um crime contra as pessoas. Nós temos que dar mobilidade, permitindo que elas morem perto de onde existe um transporte efetivo", expôs.

A respeito da expansão do metrô, o postulante prometeu que, caso seja eleito, a linha que ligará o Calafate ao Barreiro vai existir, e também disse que é preciso densar mais a população perto das estações. "Esse trecho vai existir na nossa gestão, e nós vamos viabilizar recursos. O governo do Estado já está fazendo isso", defendeu.

"Eu visitei a estação Calafate e no entorno eu só vi casa. E agora, já na campanha, eu visitei todas as estações do metrô e fiquei impressionado. Em todas as estações, na vizinhança, você só encontra residências. Você não encontra adensamento. Gente, isso é no mundo inteiro. Onde você tem uma estação de metrô, você tem que permitir o adensamento, com prédios de 10, 20, 30 ou 40 andares para que as pessoas tenham qualidade de vida", completou.

Zema e Bolsonaro

Por fim, Rodrigo Paiva contou na entrevista que o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), tem participado ativamente de sua campanha e que, caso seja eleito, terá uma relação muito boa com ele e com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

"Será (uma relação) fantástica. Nós vamos ser parceiros e andar de mãos dadas para atrair recursos para a cidade e investimentos. Serão nossos parceiros na construção de uma Belo Horizonte que vai avançar com dignidade", completou.