A pandemia do novo coronavírus mudou a lógica de funcionamento do mundo inteiro, criando o que tem sido chamado de “novo normal”. E com as eleições não foi diferente. A eleição de 2020 acontece ainda durante a crise de saúde e, para minimizar os riscos à população, as autoridades tomaram algumas providências.
A primeira delas foi o adiamento do pleito, que antes aconteceria em outubro e, agora, está marcado para 15 de novembro.
E mesmo com a mudança na data, alguns cuidados serão bastante necessários durante todo o processo eleitoral.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) elaborou uma campanha chamada Vote com Segurança para apresentar as instruções de cuidados sanitários para a população tendo em vista a Covid-19. Essas normas foram elaboradas a partir de uma consultoria sanitária que o órgão contratou no início da crise de saúde.
Aqui vão algumas das ações:
O horário de funcionamento dos locais de votação foi ampliado em uma hora. Agora, as seções estarão abertas de 7h da manhã às 17h. Sendo que de 7h às 10h da manhã, a preferência é para eleitores do grupo de risco, como idosos e pessoas com comorbidades.
Todas as seções eleitorais serão abastecidas com álcool em gel para higienizar as mãos dos eleitores antes e depois da votação. A urna eletrônica em si não será higienizada, e essa limpeza das mãos do eleitor com álcool em gel é a medida para evitar contágio no aparelho.
O distanciamento mínimo nas filas de entrada das seções é de um metro, assim como a distância entre o eleitor e o mesário.
Serão menos mesários por seção e eles estarão usando equipamentos de proteção individual fornecidos pela Justiça Eleitoral.
O presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, aconselhou aos eleitores que levem canetas próprias no dia 15 de novembro para que não precisem ter contato com outra na hora da assinatura do caderno de votações.
Haverá canetas disponíveis nas seções e elas serão devidamente higienizadas antes e após o uso, mas o conselho foi dado, segundo Barroso, para restringir as possibilidades de contato durante a votação.
A leitura das impressões digitais será suspensa neste ano. Segundo o TSE, a medida vem para evitar dois problemas:
A aglomeração de pessoas nas filas, já que o processo de leitura é mais demorado;
E o risco de contaminação por Covid-19 pelo aparelho, que exige contato, já que a higienização constante dele pode danificar o sistema.
O procedimento, agora, vai exigir apenas a apresentação de um documento com foto e a assinatura do caderno de votação.
Os mesários serão instruídos a só encostar no documentos se necessário. E os eleitores podem precisar abaixar a máscara rapidamente para assegurar o reconhecimento.
Outra coisa que mudou neste ano foi o fluxo de votação. Se nas eleições anteriores o eleitor só pegava o comprovante de votação após votar, agora ele pode pedir antes de se dirigir à urna. Assim, o fluxo fica:
Quem não conseguir votar no dia 15 de novembro, não precisa ir até uma seção eleitoral para justificar a ausência. A Justiça Eleitoral vai aceitar a justificativa pelo aplicativo e-Título. Basta fazer o download no smartphone e completar o procedimento.