Em entrevista à jornalista Míriam Leitão, na GloboNews, o candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro, general Hamilton Mourão (PSL), disse que "heróis matam" ao ser questionado sobre as ações de Carlos Alberto Brilhante Ustra à frente do DOI-CODI na época do regime militar.

A jornalista questiona Mourão sobre a declaração dele de que Ustra foi "um herói", sendo que 47 pessoas morreram no período em que o militar chefiava o DOI-CODI.

"Meus heróis não morreram de overdose. Carlos Alberto Brilhante Ustra foi meu comandante quando eu era tenente em São Leopoldo. Um homem de coragem, um homem de determinação que me ensinou muita coisa", diz Mourão.

Míriam insiste, perguntando sobre os mortos e sobre o papel do Estado brasileiro na época.

"Houve uma guerra. Excessos foram cometidos", responde o militar.

Por fim, a jornalista questiona: "Então seu herói matou pessoas?". "Heróis matam", concluiu Mourão.

"Autogolpe"

Ainda durante a entrevista, o general afirmou que, em uma situação hipotética de anarquia, pode haver um "autogolpe" por parte do presidente com apoio das Forças Armadas. "O próprio presidente é o comandante-chefe das Forças Armadas, ele pode decidir isso. Ele pode decidir empregar as Forças Armadas", declarou.