Na Nova Zelândia

Grávida, que era epilética, morre por tomar 3 litros de refrigerante por dia

Mulher de 34 anos, que era fumante, era viciada em bebidas açucaradas e energéticas. Consumo excessivo agravou seu quadro epilético e a levou a óbito

Por Da Redação
Publicado em 05 de junho de 2020 | 12:29
 
 
Amy bebia 3 litros de refrigerante de cola e bebidas energéticas todos os dias Foto: Arquivo Pessoal

A australiana Amy Louise Thorpe, de 34 anos, foi encontrada morta em sua casa, localizada em Invercargill, Nova Zelândia no início da última semana. A morte da mulher, que estava grávida de 15 semanas, estava envolta de um mistério. Porém, o relatório do médico legista trouxe um dado surpreendente que, tudo indica, foi a razão do óbito: ela bebia todos os dias três litros de refrigerante.

Segundo o médico David Robinson, em declarações ao New Zealand Herald, o consumo excessivo de refrigerantes de cola e bebidas energéticas foram fatais para Amy, que tinha histórico de ataques epiléticos (que tinham piorado com a gravidez).

Antes, sua obstetra havia notado que os ataques estavam "parcamente controlados" e recomendaram que ela consultasse um neurologista. A mulher seguiu o conselho, mas, quando o médico trocou sua medicação, Amy recusou. Uma semana depois, foi encontrada morta.

Na autópsia, foi encontrada uma grande quantidade de cafeína e nicotina no organismo de Amy (que também era fumante). Segundo seu marido ela, diariamente, consumia dois litros de refrigerantes de cola e um litro de bebidas energéticas.

Os médicos acreditam que a cafeína presente nas bebidas reduziu os efeitos dos medicamentos de controlo da epilepsia, ao mesmo tempo que a tornou mais suscetível a sofrer episódios

"A ingestão modesta de cafeína, que estas bebidas contêm, não afeta habitualmente o controle sobre os ataques epléticos. Mas grandes quantidades provavelmente aumentam a frequência dos episódios, para além de muitos outros efeitos adversos à nossa saúde", explicou o neurologista que está a estudar o caso de Amy, apesar de admitir que "é necessária mais informação para perceber a real importância do problema".