Brasileira é finalista na Olimpíada de Neurociências 

De volta ao Brasil, depois de participar da Olimpíada Internacional de Neurociência, na Dinamarca, a estudante carioca Lorrayne Isidoro, 17, trouxe na bagagem muito mais do que a 18° colocação entre os 25 competidores. Campeã da na versão brasileira do torneio – que carimbou seu passaporte para o exterior –, ela foi também a primeira aluna de uma escola pública a representar o Brasil.

“O importante é participar. Ter oportunidades para se desenvolver, ter acesso a informações é importante. Gostei muito, foi muito enriquecedor”, disse a adolescente. Quem conhece a trajetória dela sabe que a filha de uma “explicadora” e de um vendedor de pães que mora com as três irmãs se dedicou bastante. “Gosto de estudar, de ter acesso à informações e adquirir conhecimentos. Minha mãe sempre nos incentivava a aprender a estudar sozinhas”, lembra.

Para garantir a vaga, ela teve que aprender inglês e francês, e dividir seu tempo entre as matérias do colégio e a neurociência. “Acessava a internet e procurava materiais, via alguns vídeos que foram de grande importância”, conta.

Para a viagem, ela também contou com a ajuda de familiares e amigos, que criaram um financiamento coletivo para arrecadar dinheiro. Mesmo assim, o atraso na emissão do passaporte também foi outro imprevisto que quase tirou a estudante da competição.

De volta ao estudos no Brasil, Lorrayne fez um balanço da sua primeira experiência internacional. “O campeonato foi bem divertido. É desafiador conhecer jovens de outros países”, disse.

Ela destacou também todo o aprendizado que só o contato com outras culturas podem proporcionar. “Pude conhecer um pouco de Copenhague e observar o costume do uso de bicicletas”, disse.

Agora, a aluna afirma que seu sonho é “fazer a escolha certa de minha profissão e, com ela, poder ajudar outras pessoas a se desenvolverem”.