Saudação

Descobertas ampliam, cada vez mais, nossa noção do espaço

“Bom dia” de astronauta aos belo-horizontinos foi prenúncio de novidades

Sex, 31/07/15 - 03h00

Nesta quinta foi um dia movimentado para quem acompanha o noticiário científico. A manhã começou com um “bom dia” vindo diretamente do espaço: o astronauta norte-americano Scott Kelly postou no Twitter uma foto de parte de Belo Horizonte e de Contagem, felicitando os mineiros.

A imagem foi feita da Estação Espacial Internacional (ISS). Essa não é a primeira referência do astronauta ao Brasil. No mês passado, ele citou Fortaleza em outra publicação.

Na parte da tarde, três novas descobertas foram anunciadas: a Nasa visualizou um novo sistema de exoplanetas com três “superterras”. Situado na constelação de Cassiopeia, o sistema tem planetas com massa entre uma e dez vezes a da Terra, orbitando uma estrela em comum, um pouco mais fria do que o nosso Sol.

O novo sistema está relativamente perto de nós, a uma distância de 21 anos-luz da Terra. A título de comparação, a estrela mais próxima de nosso sol está a três anos-luz, e a segunda, a seis anos-luz. Golpe do destino, o exoplaneta passa logo entre sua estrela e a Terra, ocasionando o fenômeno chamado de “trânsito”, uma espécie de minieclipse.

Não parou por aí: outra equipe internacional de cientistas identificou pela primeira vez um fenômeno semelhante às auroras polares da Terra fora do Sistema Solar.

Eles conseguiram detectar uma exposição de luz ao redor de uma estrela-anã marrom na constelação de Lira, e dizem que o brilho luminoso se parece com o das auroras polares, mas é quase um milhão de vezes mais brilhante e tem a cor vermelha – e não verde, como o fenômeno que vemos aqui na Terra, no Hemisfério Norte.

Outra boa notícia veio do HiRISE, que é uma supercâmera fotográfica do Veículo Orbital de Reconhecimento de Marte, da Nasa. Ela fotografou uma paisagem no planeta vermelho que lembra as montanhas nevadas da Terra. Mas em vez de água congelada, a “neve” de Marte é composta por dióxido de carbono (CO2).

Por fim, a dica de hoje é ficar de olho no céu: uma lua cheia especial – a lua azul – vai aparecer mais intensamente. O fenômeno relativamente raro ocorre, em média, uma vez a cada dois anos e meio, e só deve se repetir em janeiro de 2018.

Ao contrário do que o nome sugere, é pouco provável que a lua fique, de fato, azulada. O termo teria se originado da expressão em inglês “once in a blue moon”, usado para designar um acontecimento raro. E como o tipo de evento astronômico que vai ocorrer no último dia de julho é bem incomum e envolve nosso satélite natural, o nome acabou pegando.

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