Avaliação

‘Existem tecnologias mais modernas’, diz 

Ter, 24/06/14 - 03h00
Opinião. Murad aprova o teste para os tumores no cérebro | Foto: Rafael Coelho/Divulgação

Entre as novidades que proporcionaram relevantes melhorias em termos de novos tratamentos para os pacientes com câncer nos últimos anos estão as terapias-alvo moleculares, que atacam diretamente as células de crescimento do tumor.

Na avaliação do oncologista André Márcio Murad, que já prescreve esse tipo de tratamento em cerca de 30% dos pacientes, o Chemo ID é classificado como “primitivo e obsoleto”.

“Essa tecnologia testa a resposta do tumor em relação aos tratamentos quimioterápicos, que nós usamos muito, mas já estamos em outra etapa. As drogas-alvo moleculares já são uma tecnologia mais avançada do que essa e já usada nos tumores de pulmão, mama e intestino. Dessa forma, conseguimos, por meio de exames, estabelecer qual a mutação, a proteína anômala, e administrar o remédio de forma específica para aquela mutação”, explica o chefe do serviço de oncologia do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Apesar disso, Murad vê o novo teste como uma boa alternativa nos casos em que os mais de cem tipos de quimioterapias tradicionais são utilizados.

“O Chemo ID seria interessante para os tumores que atacam o sistema nervoso central, pois ainda não temos as drogas-alvo moleculares. Esse tipo de câncer costuma ser mais resistente à penetração dos quimioterápicos e temos dificuldade de combatê-los por meio de medicamentos”, diz. (LM)

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