Idealizadora da Metodologia Fatores de Auto-Organização do Biocampo (BioFAO), a médica homeopata e presidente do Instituto BioFAO, Míria de Amorim, apresenta essa terapêutica, com a qual trabalha há 33 anos e cuja proposta é resgatar o potencial natural de saúde e reequilibrar o campo vital do indivíduo.
A senhora é autora dos livros “BioFAO: Uma Medicina para Um Novo Tempo” e “Holismo, Homeopatia e Alquimia: Uma Sincronicidade para a Cura” e coautora de “BioFAO na Agricultura: Recuperação da Defesa Natural das Plantas”. Como surgiu a metodologia dos fatores de Auto-Organização do Biocampo (BioFAO)?
Primeiramente, iniciei esse trabalho sozinha, mas, nos últimos 20 anos, vários médicos se juntaram a mim e, juntos, temos hoje vários projetos sociais no Brasil. Atualmente, temos 200 médicos trabalhando em vários Estados brasileiros.
Como atua o FAO?
Ele trabalha com o campo vital, que o criador da homeopatia, Samuel Hahnemann (1755-1843), chamou de energia vital e é cientificamente comprovado. A proposta é criar um equilíbrio da matriz de vida (energia vital) em sua base, a fim de oferecer uma terapêutica que não apenas venha a curar doenças agudas e crônicas, mas também atuar preventivamente. Nesse processo, ocorre a biorregulação sistêmica do biocampo, abrangendo os níveis físico e emocional e a consciência, criando um movimento de organização em todos os setores da vida do indivíduo, que passa a não mais adoecer. Essa é uma visão bem contemporânea e futurista da saúde.
Qual a diferença entre a homeopatia clássica e o FAO?
A homeopatia clássica estuda os padrões mórbidos, os sintomas do adoecimento, o que já saiu dessa matriz, ou biocampo. Ela tenta neutralizar esse padrão. O FAO utiliza medicamentos homeopáticos, porém com a visão de equilibrar o campo vital, e não contemporizar com os padrões que emanam desse campo. Trabalhamos em uma perspectiva mais profunda, e isso tem forte abrangência no nível da consciência e da sincronicidade que as pessoas experimentam.
Qual a relação da termodinâmica com o FAO?
O cientista Ilya Prigogine, químico russo naturalizado belga, provou que existe um domínio universal, um lugar de ressonância e que, quando os seres estão alinhados nessa frequência universal, eles se mantêm naturalmente mais saudáveis e biorregulados. No entanto, quando deixam de ser governados por essa energia universal, vão para o desequilíbrio, perdendo cada vez mais energia, e passam a ser dominados pelo seu próprio sistema. Então, antes de haver uma exclusão social, existe uma exclusão espiritual, o cara está fora da festa no céu. Na realidade, mapeamos esse biocampo por meio de informações eletromagnéticas de elementos homeopáticos específicos, a fim de criar uma ressonância no campo do indivíduo e trazê-lo de volta para o domínio dos campos universais. As pessoas experimentam uma sensação de voltar para casa, de ser quem eram, de retorno à potência de ser, de unidade com o todo.
Qual a proposta do BioFAO?
Resgatar o indivíduo que está fora dos domínios universais, equilibrar seu campo e, por ressonância, trazê-lo para dentro dos domínios universais que, alinhado com o campo organizado do indivíduo, vai criar a auto-organização e levá-lo a curar todos os seus sintomas físicos e emocionais. É a cura da vida da pessoa.
Qual o princípio dessa metodologia?
É uma medicina que não é feita para a doença, mas para a saúde e para o sujeito. O que de melhor a pessoa experimenta com esse trabalho é a sincronicidade de poder voltar à casa, à unidade universal que é abundância, riqueza, sabedoria, inteligência, alegria e paz. Os pacientes percebem nitidamente essa mudança de padrão interno. Essa é uma proposta inovadora, que pretende resgatar o potencial natural de saúde ao reequilibrar o campo vital do ser. Ela tem revelado que a verdadeira função da medicina é organizar o campo energético dos sujeitos para que eles se fortaleçam e possam, com qualidade de vida, administrar seus desafios. O tratamento pode ser feito por qualquer pessoa, em qualquer idade, inclusive idosos, bebês, grávidas e lactantes.
A senhora comentou que o caráter inovador do FAO está em sua capacidade de sistematizar saberes contemporâneos e a integralidade dos conhecimentos clássicos como a alquimia, a homeopatia, a filosofia chinesa e ayurvédica.
Exatamente. Foram necessários 33 anos para que pudéssemos nos aprofundar nesses antigos saberes, entender a complexidade desse campo, a configuração das dinâmicas multidimensionais do campo eletromagnético, a exemplo do medicamento homeopático. Fomos cruzando esses campos, trabalhando com essas complexidades, e a construção das etapas foi nítida. A alquimia, grande mestra, dando o sentido do início, meio e fim. Passamos pela medicina chinesa que aborda a roda dos cinco elementos, pelos tridohas da medicina ayurvédica. São fórmulas, eixos e legados de distintas tradições, como a geometria sagrada, a embriogênese e a construção do campo energético. E ainda o saber de notáveis, como Hipócrates e Platão. Para que a pessoa se cure e tenha um renascimento de verdade, ela precisa passar por essas configurações.
Essa terapêutica utiliza quantos medicamentos e quais são eles?
Cada um está relacionado a um chacra, que a ciência hoje conhece como centro consensual de consciência. Esse centros energéticos estão ligados às principais glândulas do corpo. Levei sete anos para descobrir quais medicamentos poderiam estar ligados diretamente à estabilidade, à construção da matriz de vida, do biocampo. Os medicamentos utilizados são sete: Antimonium crudom, Kali carbonicum, Aurum metallicum, Ammonium muricaticum, Mercurius solubilis, Sulphur e Natrum muriaticum, elementos clássicos da homeopatia. Eles são trabalhados em ordens, sequências e ritmos, que foram construídos durante todos esses anos para criar uma chave, um código. Na verdade, enviamos para o biocampo um código, uma informação que cria uma ressonância e leva o indivíduo de volta para os domínios universais. Uma operação de resgate porque a humanidade está em rota de colisão. As pessoas estão se desequilibrando a cada dia mais, tomando mais remédios e gerando mais supressão no campo energético. Não se contempla a origem do desequilíbrio, apenas os sintomas. É preciso estruturar esse campo original, essa base, que é a ponte para a saúde. O FAO trabalha a matriz energética do indivíduo. É nela que acontecem as desordens e os desequilíbrios que levam às doenças.
Por que a restrição de produtos que contêm substâncias como, por exemplo, cânfora, menta, eucalipto e citronela?
Essa é uma exigência fundamental da homeopatia. Essas substâncias cancelam as informações eletromagnéticas do medicamento homeopático, gerando desequilíbrio no campo vital.
Quais as principais indicações do FAO?
É importante ressaltar que essa metodologia trabalha o sujeito, e não a doença. Mas temos ótimos resultados em doenças autoimunes e pulmonares, câncer, febre amarela, problemas alérgicos, entre outros.
Benefícios
- Sincronicidade, sensação de voltar para casa e para si mesmo;
- Saltos de consciência e de percepção;
- Os processos de auto-organização vão se alinhando com os aspectos que precisam ser trabalhados;
- Melhora da disposição;
- Excelentes resultados com autismo, distúrbios de comportamento e desordens psiquiátricas.