SPFW chega ao fim

Alfaiataria e trabalho artesanal marcam o próximo verão

Mineiro Luiz Claudio, Apartamento 03, investiu no tema da espiritualidade para a sua coleção no último dia de desfile

Sex, 17/04/15 - 23h51

Fause Haten é sempre conhecido pela sua irreverência. Prefere desfiles externos, isto é, fora das salas onde acontecem o São Paulo Fashion Week, e sempre prepara algo inusitado, de repente, para mostrar um outro olhar para a moda do que aqueles que estamos acostumados a assistir com a clássica fila de modelos na passarela. Uma simples plataforma redonda e giratória era a passarela do estilista que recebeu o público para uma apresentação intimista em seu ateliê no bairro Pinheiros, em São Paulo.

Nela, em vez de uma modelo, colocou uma mulher real, com 50 anos, cliente da sua marca há anos, que trocava de roupa, com a ajuda do estilista, na frente de todos, e era embelezada pelas mãos do Ricardo dos Anjos. Depois do look pronto, os detalhes - a maioria eram roupas de festa com bordados, clássico de Fause -  era descrito pelo próprio estilista. E assim foi o roteiro do desfile, até completar os 14 modelos de sua coleção, dedicada para a sua clientela fiel e o verdadeiro padrão já que não são apenas as altas e magras que consomem a moda.

A agenda do último dia de São Paulo também se renovou com o desfile da África Africans,  no Museu Afro Brasil, que fica no Ibirapuera, um descanso inovador para os nossos olhos. Somente modelos negras e lindas  com uma moda irreverente e que faz questão de manter as suas raízes em cores fortes, exagero, mas com elegância e grafismo africano.


Voltando ao Candido Portinari, onde acontece os eventos, a grife do mineiro Luiz Claudio, Apartamento 03, investiu no tema da espiritualidade para a sua coleção e traduziu em modelos fluidos, cores sóbrias em uma moda sem exageros  e simples de se vestir - assim como gosta as clientes de sua marca. Vale investir nos conjuntos de túnicas amplas com calça cropped, conjuntinho apostado por outras marcas nessa edição. Luiz também não deixou de lado o DNA mineiro, e levou peças em xadrez de preto e branco, em tramas, além do bordado e detalhes em zíper - em quase todas as peças.


Para encerrar o último dia fashion, Glória Coelho levou a sua alfaiataria em roupas feitas especialmente para a mulher moderna, que trabalha mas emenda com o happy hour e curte ternos e alfaiataria na medida - e usou o vinil para fazer blazers. Para encerrar Amapô, 2nd Floor e Adriana Degreas - que infelizmente convidou mais gente para prestigiar do que cabia na sala, deixando alguns de fora.


 

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