Novo olhar

Pesquisadores garantem ter provado que a Terra é convexa

Brasileiros lançam, neste mês, documentário no qual apresentam seus argumentos

Sex, 16/03/18 - 23h50
Estudo questiona lei da física e altera continentes e dados sobre o Sol e a Lua | Foto: reprodução

Nem redonda, nem plana. Convexa. Em função de uma série de fenômenos naturais que, segundo um grupo de pesquisadores, contradizem os ensinamentos acadêmicos passados há quase 3.000 anos, alguns brasileiros decidiram investigar as possíveis inconsistências sobre o formato do planeta e concluíram que a Terra não é redonda. Todos os resultados só serão apresentados no longa-metragem “Terra Convexa: O Documentário”, que será lançado ainda neste mês. Pesquisadores do projeto adiantaram a O TEMPO alguns aspectos da pesquisa.

“O documentário também vai revelar a descoberta de um novo continente, separado por um paredão de gelo, e novos conhecimentos também serão demonstrados em relação ao Sol, à Lua, e às constelações”, revela Urandir Fernandes de Oliveira, fundador do Dakila Pesquisas – instituição independente responsável pela pesquisa.

O material é resultado de sete anos de estudos baseados em experimentos científicos realizados em diferentes pontos no mundo. Todos os testes contaram com a participação de pelo menos 50 profissionais de várias nacionalidades e áreas, como astrônomos, cartógrafos, geólogos, topógrafos, engenheiros, entre outros.

Segundo os pesquisadores, a tese de que a Terra é redonda foi derrubada por sete experimentos realizados a partir do que a ciência usa para explicar a esfericidade da Terra.

Questionamentos. O primeiro aspecto é o fato de os navios desaparecerem no horizonte. Os testes para comprovar essa evidência teriam mostrado o contrário, segundo o pesquisador do Centro Tecnológico Zigurats (CTZ) Felipe Castelo Branco. “Inclusive, chegamos a desenvolver uma nova lei da física, que prova, sem sombra de dúvidas e de maneira inquestionável, física e matematicamente, a planicidade das águas”, diz.

A segunda evidência questionada pelos cientistas é a de que a projeção da sombra da Terra na Lua durante um eclipse lunar explicaria a esfericidade do planeta. “É um argumento muito fraco, já que a sombra da Terra na Lua poderia ser projetada por diversas formas geométricas”, explica o pesquisador Rafael Hungria.

A curvatura do horizonte observado de grandes altitudes é a terceira evidência questionada. “Durante nossa intensa etapa de pesquisa, nós projetamos, construímos e lançamos diversas sondas atmosféricas. Conforme análises dos resultados conseguimos determinar que a curvatura do horizonte visível a grandes altitudes se dá por um efeito da própria atmosfera e não pelo formato do planeta”, disse o pesquisador do CTZ Alessandro Oliveira.

A quarta evidência questionada refere-se à circum-navegação. “Seria plausível uma <CW-14>Terra esférica, só que isso não prova que a Terra é redonda. A circum-navegação funciona em qualquer modelo geográfico”, diz o pesquisador do Dakila Alex de Oliveira.

A trajetória das constelações, apontada como a quinta evidência da esfericidade da Terra, segundo os pesquisadores, também não se sustenta. Assim como fotos tiradas do espaço servem para prová-lo, contrariando a sexta evidência. “Conforme o relatório das agências espaciais, todas as imagens foram geradas por meio do processamento de dados de satélite, ou seja não existe nenhuma foto real do planeta tirada do espaço”, diz Alan Oliveira.

A sétima evidência está relacionada ao experimento das varetas, realizado por Eratóstenes. “O experimento foi muito bom para a época, mas teria que ter levada em consideração a diferença do fuso horário, assim como a elevação em relação ao nível do mar. Em resumo, poderia até ser uma prova da convexidade dos continentes, mas não necessariamente uma evidência da esfericidade da Terra”, explica o pesquisador do CTZ Gustavo Guerra.

Em BH. O lançamento do documentário “Terra Convexa” na capital mineira será no dia 27 de março, às 21h, na sala 7 do Cineart do Shopping Cidade. Valor: R$ 20. Entrada só com o nome na lista.

‘Não queremos fama’, afirma engenheiro

De acordo com o engenheiro e pesquisador do Dakila Pesquisas Alessandro Drago de Oliveira, o estudo não tem nada em comum com o movimento dos terraplanistas, que defende que a Terra é plana. “A gente não é grupo de aventureiros querendo conquistar fama e ganhar dinheiro com isso. É justamente o contrário. Queremos colocar a pesquisa como contribuição para a ciência e a humanidade”, afirma.

Após o lançamento do documentário em três idiomas (inglês, português e espanhol), o Dakila Pesquisas se comprometeu a disponibilizar toda a metodologia e tecnologia empregadas para que os interessados possam averiguar os resultados. Posteriormente ao documentário, será lançado o livro “Terra Convexa” com toda a parte científica e um novo mapa-múndi.

Segundo Oliveira, o impacto dos resultados apresentados após o estudo será “gigante”. “Isso muda a nossa história, pois passamos milhares de anos acreditando numa teoria que não pode ser devidamente comprovada”, afirma.

Oliveira acredita que até então a “humanidade se equivocou”. “A ciência até hoje não conseguiu comprovar (que a Terra é redonda). Tudo o que se tem até hoje são somente evidências, não tem provas inquestionáveis”, diz.

Para o pesquisador, essa é a diferença da nova pesquisa. “Fomos a campo e conseguimos provas reais mesmo, não somente evidências, porque elas não são garantias, não dão embasamento sólido para a teoria. A teoria da esfericidade da Terra é falha, por mais que cientistas afirmem, não existem provas inquestionáveis disso”, reforça Oliveira.

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