Um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) divulgado nesta terça-feira, 25, alerta que o atual ritmo do aquecimento global aumenta o risco de um “apartheid climático”, no qual apenas os mais ricos poderiam escapar do calor e da fome resultantes da elevação das temperaturas.
“Depois de décadas com cientistas ambientais nos alertando sobre os efeitos das mudanças climáticas, os líderes mundiais fizeram muito pouco para mitigar emissões de gases e o aumento das temperaturas. Na verdade, estamos acelerando na direção errada, e, agora, é claro, os pobres vão pagar o preço mais alto. Mudanças laterais são lamentavelmente insuficientes, e os governos precisam articular como os direitos de quem está na pobreza vão ser protegidos”, diz o relator especial da ONU Philip Alston.
O documento condena o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, por “silenciar ativamente” a ciência do clima, e critica o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, por prometer abrir o território da Floresta Amazônica para a mineração.
Alston ressaltou ainda que os impactos do aquecimento global podem destruir não apenas os direitos básicos à vida, como à água, à comida e à moradia, mas, inclusive, a democracia e as constituições. “Os direitos humanos podem não sobreviver à elevação iminente”, concluiu.
Bons exemplos
O relatório também cita pontos positivos, como a vitória de ambientalistas na luta contra combustíveis fósseis, o ativismo da jovem Greta Thunberg e o movimento europeu Extinction Rebellion. (Com agências)
---
O TEMPO reforça o compromisso com o jornalismo mineiro, profissional e de qualidade. Nossa redação produz diariamente informação responsável e que você pode confiar.
Siga O TEMPO no Facebook, no Twitter e no Instagram. Ajude a aumentar a nossa comunidade.