Avanço

Molécula prolonga vida de homens com tumor na próstata

A pesquisa foi realizada com 1.200 pacientes em 34 países, entre fevereiro de 2013 e dezembro de 2014

Seg, 12/06/17 - 03h00

CHICAGO, EUA. A adição de uma nova droga anti-hormonal ao tratamento tradicional contra o câncer de próstata reduziu em até 38% o risco de morte entre os pacientes, segundo um ensaio publicado na semana passada, marcando um avanço importante na luta contra essa doença. O estudo também foi apresentado na Asco 2017.

A nova molécula, a abiraterona (Zytiga), dos laboratórios Janssen, combinada com a prednisona – terapia anti-hormonal de referência para os homens com um tumor na próstata com metástase –, também permite atrasar em 18 meses (de 14,8 para 33 meses) o avanço do câncer, afirma uma das pesquisas, chamada de Latitude.

Conduzida pelo médico Karim Fizazi, chefe do Serviço de Oncologia do Instituto Gustave Roussy de Paris, a pesquisa foi realizada com 1.200 pacientes em 34 países, entre fevereiro de 2013 e dezembro de 2014.

Além disso, outro estudo, apresentado no encontro, mostrou ótimos resultados para esses pacientes. O segundo ensaio clínico (Stampede), dirigido por Nicholas James, professor de Oncologia Clínica no Hospital Queen Elizabeth de Birmingham, no Reino Unido, envolveu 2.000 homens, tratados nesse país e na Suíça.

Um acompanhamento realizado 40 meses depois concluiu que o risco de mortalidade foi reduzido em 37%.

Brasil. Para o ano passado, a estimativa do Instituto Nacional de Câncer (Inca) era de 61 mil novos casos de câncer de próstata no Brasil, sendo estimadas mais de 13 mil mortes no país.

Casos. Os tratamentos anti-hormonais clássicos conseguem conter o câncer de próstata durante um longo tempo, mas o tumor pode desenvolver uma resistência a esses medicamentos e invadir os ossos, provocando dores e fraturas. De um modo geral, o Zytiga é bem tolerado e apresenta poucos
efeitos colaterais, afirmam os especialistas.

---

O TEMPO reforça o compromisso com o jornalismo mineiro, profissional e de qualidade. Nossa redação produz diariamente informação responsável e que você pode confiar.

Siga O TEMPO no Facebook, no Twitter e no Instagram. Ajude a aumentar a nossa comunidade.