Em teste

Novo medicamento pode curar hepatite C 

Remédio em aprovação nos EUA teria menos efeitos colaterais

Ter, 29/07/14 - 03h00

Brasília. Uma nova droga, ainda em aprovação nos Estados Unidos, pode representar a cura para cerca de 95% dos pacientes com hepatite C, forma mais grave da doença, segundo o presidente da Sociedade Brasileira de Hepatologia (SBH), Edison Roberto Parise.

A hepatite é a inflamação do fígado, causada por cinco vírus diferentes e que nem sempre apresenta sintomas. Os tipos B e C são a causa mais comum de cirrose hepática e câncer de fígado. O Dia Mundial de Combate às Hepatites Virais foi celebrado ontem.

Atualmente, para todos os tipos da doença, o tratamento é com feito com os antivirais interferon e ribavirina, com duração de 48 semanas. Em alguns casos, esses medicamentos podem ser combinados com inibidores de protease, que têm muitos efeitos colaterais e curam cerca de 50% a 70% das pessoas infectadas.

Uma segunda série de medicamentos já está em aprovação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). “São dois novos medicamentos que têm uma baixa tremenda de efeito colateral, mas que ainda vão ser utilizados com interferon, em alguns casos”, disse, explicando que o tratamento deve durar 12 semanas, com um índice de cura de 80% a 90%.

Uma terceira geração de remédios, com o mínimo de efeito colateral, deve ser aprovada até o fim do ano nos EUA. “O tratamento é totalmente sem interferon, mais curto, de oito semanas, e com um índice de cura de 90% a 100%”, disse Parise à Agência Brasil.

Mortes por ano

Milhões. A hepatite mata quase tanto quanto a Aids, com 1,4 milhão de mortos a cada ano, segundo especialistas da Organização Mundial da Saúde (OMS).

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