Esperança

Vacina para a Covid: diretor do Butantan crê em registro de antídoto em outubro

Atualmente, a vacina está sendo testada em cerca de 9 mil voluntários em Minas Gerais e outras cinco unidades federativas

Por Da Redação
Publicado em 06 de agosto de 2020 | 14:44
 
 
coronavírus vacina Foto: Douglas Magno / AFP

O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, afirmou, nesta quinta-feira (6), que é possível que até outubro tenhamos uma vacina para o novo coronavírus (Covid-19) pronta para registro.Vale lembrar que desde junho a instituição vem trabalhando em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac para produção e testes avançados de um antídoto.

Atualmente, a vacina está sendo testada em cerca de 9 mil voluntários em Minas Gerais e outras cinco unidades federativas - São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul, Distrito Federal e Rio de Janeiro - sob a coordenação e o acompanhamento do Butantan.

Se a vacina for considerada clinicamente bem-sucedida, o instituto irá submetê-la à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para registro. Após aprovação, o antídoto será distribuído para o Sistema Único de Saúde (SUS) por meio do governo federal.

"Poderemos ter (a vacina) a partir agora de outubro. O processo de preparo para a formulação e o envase já se iniciou. Todos os processos de controle de qualidade e validação já se iniciaram. Então, poderemos ter a vacina. A grande pergunta é se estará registrada e aprovada pelo estudo clínico e poderá ser utilizada. Sou muito otimista. Acho que um prazo razoável seria janeiro de 2021 dado o desempenho até o presente momento", afirmou Covas.

Gerente-geral de medicamentos e produtos biológicos da Anvisa, Gustavo Santos afirmou que a agência tem acelerado e flexibilizado processos em meio à pandemia para atender demandas. No caso da vacina, ele disse que há um prazo de 60 dias para a análise do eventual registro após a entrega da documentação necessária por parte do interessado, mas a avaliação será prioridade e deverá acontecer em menos tempo.

"A avaliação para o registro é justamente o balanço risco-benefício, para ver se os benefícios superam os riscos. Temos de nos embasar em resultados científicos válidos", explicou.