Provadores virtuais e inteligência artificial ajudam a venda online

NOVA YORK, EUA. O cliente acessa o site da sua grife favorita, compra uma peça de roupa e, quando recebe a encomenda... o modelo não cabe. Formas de evitar essa experiência frustrante estão no radar de varejistas de moda, das marcas grandes como Levi’s e GAP a startups menores do setor. Provadores virtuais, modelos 3D e inteligência artificial estão no cardápio de tecnologias para facilitar a vida do consumidor, em um mercado onde o percentual de produtos devolvidos chega a 40%.

As estratégias para enfrentar o problema variam de marca para marca. Na GAP, a aposta é um aplicativo, desenvolvido em colaboração com a Google e a startup Avametric, que permite que os clientes experimentem as roupas virtualmente. Para isso, basta a pessoa inserir informações como peso e altura, para que seja gerado um modelo 3D que auxilia a encontrar a peça ideal. Mas o serviço, por enquanto, só funciona no smartphone Google Tango, que é vendido apenas nos Estados Unidos.

Sebastian DiGrande, vice-presidente executivo e diretor de consumo da GAP, diz que a solução de realidade aumentada tem sido bem recebida. Mas ressalta que a empresa ainda está avaliando se o consumidor realmente quer usar um modelo 3D virtual.

A QVC, outra varejista de moda norte-americana, investe em modelo semelhante. Em parceria com a startup Rakuten Fits Me, desenvolveu um sistema em que o cliente insere suas medidas e navega por itens que se encaixam nos parâmetros. Isso aumenta a chance de que a experiência de navegação se converta em compra. “É tudo uma questão de confiança. Se eles têm confiança em comprar, eles voltarão à loja de vez em quando”, explica Vicky Zadeh, diretora executiva da Rakuten Fits Me.

As soluções vão além de ajudar os clientes a não levarem para casa roupas que não servem. Também se trata de garantir que as avaliações dos consumidores sejam as melhores possíveis. E todos estão de olho na Amazon, que tem investido mais no setor de moda e, como nos demais segmentos em que atua, vem recorrendo à inteligência artificial.

A expectativa do mercado é que a gigante online ultrapasse a Macy’s como maior loja de roupas dos Estados Unidos. Hoje, a Amazon oferece, por US$ 200, o Echo Look, uma espécie de robô estilista equipado com câmeras, flash e a assistente virtual Alexa, que ajuda o usuário na hora de escolher o visual perfeito. Basicamente, o Echo Look é uma câmera equipada com Alexa, expandido para um app no smartphone. O Echo Look dá palpites no seu vestuário com a opção “Style Check”. Usando aprendizado de máquina com base nas fotos já feitas e nas tendências atuais da moda, ele ajuda a escolher entre duas possibilidades de visual, por exemplo.

Estilista pessoal. Teoricamente, a dono do Echo Look pode experimentar um vestido para o dia e perguntar À Alexa: “Que acessórios posso usar com ele para sair à noite?”. Ela usa inteligência artificial para comparar suas opções.

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