Marcar horário para cortar o cabelo ou agendar um estúdio para ensaio de sua banda ficou mais prático depois que o jovem designer Daniel Falci, 26, teve a ideia de criar a Cucco. A startup oferece uma plataforma para empresas disponibilizarem a seus clientes o agendamento de serviços pela internet.
Por ela, o consumidor pode também visualizar horários disponíveis e obter informações sobre o serviço. Para acessar, basta um computador, tablet ou smartphone. “O cliente não precisa mais ligar para saber os horários vagos, o que facilita a prestação do serviço”, conta Willen Lellis, 27, cofundador da Cucco. Com apenas seis meses de funcionamento, a empresa contabiliza 15 mil agendamentos realizados.
A ideia chamou a atenção da comissão julgadora do prêmio internacional Building Global Innovators (BGI), realizado pelo MIT Portugal, e a startup foi escolhida para a semifinal da quarta edição do prêmio. Com abrangência internacional, o BGI seleciona startups de todo o mundo. Competem com a Cucco, por exemplo, empresas da Alemanha, da Rússia e da Itália. Os vencedores do concurso serão conhecidos em novembro de 2013.
O prêmio é separado em quatro categorias: produtos para consumidores e serviços; tecnologia para a área da saúde; cidades inteligentes e tecnologia da informação e web – a Cucco participa da última. Dentro de cada categoria, cinco empresas foram selecionadas para a semifinal. A vencedora de cada categoria receberá um prêmio no valor de 100 mil euros. Depois disso, os vencedores de cada categoria concorrem ao grande prêmio no valor de 1 milhão de euros em investimentos.
Contudo, para Willen, participar das semifinais já é motivo para comemoração, pois a seleção para o prêmio funciona como uma vitrine para o mundo. “O interessante da visibilidade internacional é ter acesso a investidores de todo o mundo”. Segundo ele, no Brasil, o investimento em startups por parte de empresas é recente, e, por isso, os valores são moderadores e, muitas vezes, insuficientes.
San Pedro Valley
A Cucco faz parte de uma comunidade de startups autogerencidas de Belo Horizonte chamada San Pedro Valley – uma alusão ao Vale do Silício, região com muitas empresas de tecnologia, localizada em São Francisco, nos Estados Unidos. O grupo tem como objetivo o compartilhamento de conhecimento entre as startups de serviço e ganhou o nome devido à concentração inicial desse tipo de empreendimento no bairro São Pedro, região Centro-sul de Belo Horizonte.
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