Energia

Levy e Braga brigam para ver quem fica com o custo extra 

Nos bastidores da Esplanada dos Ministérios informa-se que a presidente Dilma tende a ser favorável à demanda de Braga

Qui, 22/01/15 - 03h00

Brasília. O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, ainda não conseguiu cortar os R$ 9 bilhões em recursos do Tesouro Nacional para o setor elétrico. Há um impasse entre a área econômica e o Ministério das Minas e Energia. O ministro Eduardo Braga insiste em preservar aporte de R$ 6 bilhões em recursos orçamentários ao fundo setorial que banca programas sociais do governo, a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE).
 

Em meio à crise de energia, Braga está fazendo esforços para garantir que o Tesouro arque com as despesas da Tarifa Social, que promove descontos na conta de luz do consumidor de baixa renda, e do programa Luz para Todos, que leva energia a moradores de regiões isoladas. Juntos, os dois programas vão custar R$ 3 bilhões neste ano.

Nos bastidores da Esplanada dos Ministérios informa-se que a presidente Dilma tende a ser favorável à demanda de Braga. Ex-ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff já manifestou publicamente seu apreço pelos dois programas sociais. Além disso, essas iniciativas ajudam na popularidade do governo.

Braga também briga para que o Tesouro assuma os gastos que foram cancelados no ano passado. Em setembro, a Fazenda decidiu reduzir os aportes à CDE. Ao fechar o caixa, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) apurou um déficit de R$ 3 bilhões.

---

O TEMPO reforça o compromisso com o jornalismo mineiro, profissional e de qualidade. Nossa redação produz diariamente informação responsável e que você pode confiar.

Siga O TEMPO no Facebook, no Twitter e no Instagram. Ajude a aumentar a nossa comunidade.