Todos os viadutos construídos na avenida Pedro I, em Belo Horizonte, possuíam problemas estruturais. Se essa já é uma notícia ruim, há outra pior: as obras para corrigir as falhas divulgadas ontem, nos últimos três elevados, só terão início daqui a seis meses. A verificação dos projetos executivos, que deveria ter sido feita antes dos viadutos começarem a ser construídos, foi feita agora e constatou que além do Gil Nogueira, Montese e Batalha dos Guararapes, o Oscar Niemeyer, o Monte Castelo e o João Samaha, nas regiões Pampulha e Venda Nova, possuem erros.
Informações extraoficiais obtidas pela reportagem de O TEMPO dão conta de que os três viadutos apresentam o mesmo defeito do Gil Nogueira, reparado durante o feriado de Semana Santa: os aparelhos de apoio foram colocados na posição errada. No caso do Gil Nogueira, especialistas questionam se a correção foi suficiente e se a situação não seria mais grave que o divulgado. Mais uma vez a culpa caiu sobre o desenho do projeto executivo, que não estaria transcrito corretamente.
O problema. A Prefeitura de Belo Horizonte contratou no fim do ano passado a empresa CGP-RCK para realizar auditoria nos elevados. O relatório, ainda não divulgado, indica a necessidade de intervenções nos três viadutos que ainda não haviam apresentado problemas. “A análise das estruturas sugeriu que fossem tomadas medidas preventivas com o objetivo de aumentar a vida útil dos elevados”, informou em nota a Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap).
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