Campeonato

Ex-ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior no governo Lula, Luiz Fernando Furlan concorda que não é só a reforma da Previdência que vai resolver os problemas do Brasil. “Claro que não. Mas, para ganhar o campeonato, precisa ganhar as primeiras partidas e não ser eliminado. A reforma da Previdência tem um simbolismo de dizer que este governo entrou e está fazendo coisas e que o horizonte para o Brasil vai ser melhor”, admite Furlan, que preside o Lide, Grupo de Líderes Empresariais. 

Emprego

Durante o 18º Fórum Empresarial Lide, em Campos do Jordão (SP), Luiz Fernando Furlan falou também sobre a volta do emprego no país. Para ele, um grande número de empresas teve queda de vendas durante a recessão. Portanto, muitas delas têm capacidade ociosa, têm máquinas paradas esperando que se aumente a demanda. “Primeiro tem que aumentar a demanda com o crescimento da economia, depois vem o emprego. A tendência é de melhoria, agora a velocidade da melhoria vai depender do crescimento da economia”, acredita o ex-ministro.

Líderes no Fórum Empresarial Lide

Deputada federal Joice Hasselmann; governador de São Paulo, João Doria; presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia; ministro da Economia, Paulo Guedes; presidente do Senado, Davi Alcolumbre; presidente do conselho do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco; chairman do Lide, Luiz Fernando Furlan; diretor executivo do Grupo Doria, João Doria Neto; CEO do Brasil e da América Latina da Accenture, Leonardo Framil; e o jornalista Willian Waack.

Crescimento marginal

O presidente do Bradesco, Octavio de Lazari, disse que gostaria que a reforma da Previdência já estivesse andando numa velocidade maior. “Mesmo que ela aconteça em junho, no máximo em julho, mesmo que ela escorregue até agosto, o desejo é que fosse ainda no primeiro semestre. Mas ainda dá para capturar, mesmo que marginalmente, um crescimento da economia ainda neste ano”, avalia.

Transatlântico

Para Octavio de Lazari, o país precisa tirar as amarras e não pode ficar puxado por uma âncora. “Temos que soltar este país, porque ele é um grande transatlântico que tem capacidade de crescer em todos os setores, seja no agronegócio, na indústria, na área financeira, na infraestrutura”, defende. Lazari acredita que a reforma vai sinalizar para os investidores que o governo está tendo responsabilidade fiscal e que os recursos dos investidores internacionais virão. 

Juros bancários

Octavio de Lazari admite que os juros ainda são muito altos no Brasil, principalmente no cartão de crédito, que ainda tem um pouco de distorção, e no cheque especial. Mas na medida em que a taxa básica Selic for mantida em 6,5%, as taxas diminuirão dia após dia com o crescimento da economia e a concorrência sadia no setor. “Tem outros fatores ligados a isso (juros altos), como a inadimplência, regulação para a retomada de bens quando há inadimplência. Mas esses assuntos estão sendo encaminhados pelo Banco Central, e o país vai entrar numa condição muito melhor de desenvolvimento e crescimento”, acredita Lazari.

Patrimônio dos mineiros

Nascido em São Paulo, Sérgio Gusmão Suchodolski assumiu a presidência do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) com a promessa de preparar a instituição para ser um banco de desenvolvimento do século XXI, um patrimônio dos mineiros. “A tecnologia facilitará o acesso da população para tomar linhas de financiamento. Isso já ocorre por meio do BDMG Web, e precisa dar outro escalonamento, porque a tecnologia está sempre em movimento e a gente precisa implementar ações que mantenham o banco na vanguarda, e não na retaguarda”, disse. 

 

Linhas de crédito

No primeiro trimestre deste ano, o BDMG desembolsou mais de R$ 8 milhões em financiamentos para as empresas em Minas Gerais, por meio de linhas em parceria com o BNDES, a Fapemig e a Finep. “Fortalecer a cultura de inovação é fundamental para criar novos produtos e serviços para atender a demanda atual”, disse Sérgio Gusmão, durante o evento Conexão Internacional, realizado pelo Start.101, com apoio do BDMG e da LM Ventures, e organização do Open Innovation BR e Hubble.

 

Mercado automotivo

Antonio Megale, que deixa a presidência da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) amanhã, conta que a indústria automobilística não está quieta enquanto espera a aprovação da reforma da Previdência. O setor automotivo está indo bem, com alta de 11,4% no acumulado de janeiro a março deste ano, e será o terceiro ano consecutivo de crescimento. “O Brasil, que já teve um mercado de 3,8 milhões de unidades, deve fechar este ano com 2,8 milhões, somando automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus, o que já é uma recuperação”, avalia o executivo. 

Turnos nas fábricas

Antonio Megale, que é diretor de assuntos governamentais da Volkswagen, afirma que a indústria tem espaço para crescer mais e, quando isso acontecer, haverá a criação de novas vagas. “A indústria gera emprego quando a gente consegue passar de um turno para dois turnos e assim tem uma quantidade maior de vagas. O mercado crescendo, naturalmente, as fábricas vão trabalhar mais, vão gerar mais empregos e renda para a população”, entende Megale. 

 

Troca do carro

Antonio Megale diz que já existe um otimismo maior, embora o país ainda não tenha deslanchado, mas as pessoas estão achando que é hora de trocar os veículos. “Tem uma nova onda de veículos muito mais tecnológicos e que estão fazendo com que as pessoas tenham a motivação de troca”, comemora. Megale espera que com a aprovação das reformas, principalmente a da Previdência, o país volte a crescer com velocidade. “Isso será um sinal para o mundo de que o Brasil está no caminho correto”, avalia o executivo da Volkswagen. 

 

Indústria 4.0

A ArcelorMittal Brasil e a Belgo Bekaert lançaram o programa Jornada para alavancar a transformação e a inovação da indústria 4.0. São 36 vagas abertas nos segmentos de aços longos, aços planos, arames, shared services e ArcelorMittal Sistemas nos cursos das áreas de exatas, humanas e ciências sociais aplicadas. Os candidatos devem ter pelo menos dois anos de formação acadêmica, com proficiência em inglês. Inscrições no https://www.99jobs.com/arcelormittal-belgo-bekaert-arames/jobs/41440-programa-jornada-arcelormittal-belgo-bekaert-2019 até o dia 3 de maio.

Alienação fiduciária

“Alienação fiduciária de imóveis, uma análise crítica” é o tema da palestra gratuita que a Filizola Gonçalves & Advogados Associados realiza nesta quinta-feira. O encontro acontece a partir das 13h30, na rua Bernardo Guimarães, 2.957, no Barro Preto, em Belo Horizonte. Os palestrantes serão os advogados Flávio Filizola e Leonardo Coelho Filizola. Ingressos limitados e gratuitos no sympla.com.br.