Clamper

As incertezas do momento econômico do país já afetam os planos de indústrias mineiras. A Clamper – especializada na fabricação de Dispositivos de Proteção contra Surtos Elétricos (DPS) – é uma delas. Quem conta à coluna é o próprio fundador da Clamper, o engenheiro Aílton Ricaldoni. Ele conta que havia um grupo norte-americano que queria comprar a empresa. “Eles já vinham negociando há um ano, mas, depois da eleição, eles pediram um tempo”, informa, desanimado. Sem falar em números da negociação, Ricaldoni diz que o investimento seria muito bom para a empresa e para o Brasil. “Seria dinheiro novo, mercado novo, mas (os investidores) pisaram no freio. Vamos ver no ano que vem”. Para Ricaldoni, a indústria espera que se crie um ambiente menos inseguro. “Não existe política estruturante, sólida, em que se possa confiar, como fazer investimento assim?”, questiona.

Petrobras em Uberaba

Por enquanto, a construção da fábrica de amônia da Petrobras em Uberaba, no Triângulo Mineiro, continua dentro da normalidade. “Estão trabalhando na fundação, que é a fase inicial”, conta o presidente da Fiemg regional Vale do Rio Grande, Altamir Rosso. O prazo da construção é de 24 meses. A Toyo-Setal, envolvida na operação Lava Jato, é a empresa que ganhou a licitação da obra.

400 pessoas trabalham na construção da fábrica de amônia em Uberaba

Escritório da Holanda

A Embaixada do Reino dos Países Baixos no Brasil inaugurou em BH o seu mais novo Escritório Holandês de Apoio aos Negócios (NBSO Brazil). “Esse potencial de uma economia vibrante (em Minas) criou a base para dar preferência a esta localização”, disse o embaixador do Reino dos Países Baixos no Brasil, Han Peters. Para o vice-presidente da Fiemg, Aguinaldo Diniz, o NBSO é “o embrião de muitos negócios entre Minas e Holanda”.

ArcelorMittal

A unidade de Sabará da ArcelorMittal Aços Longos terá aporte de R$ 50 milhões para ampliar em 20% sua capacidade produtiva. O investimento é para a compra de equipamento para produção de barras descascadas. “Representa nossa entrada em novo mercado, com produtos de alto valor agregado e alta qualidade para as indústrias automotiva e mecânica brasileiras”, diz o CEO para Américas do Sul e Central, Jefferson de Paula.

Em Sabará

Primeira unidade da ArcelorMittal Aços Longos, a ArcelorMittal de Sabará iniciou suas operações em 1921. Em 1925, tornou-se a primeira produtora de aço integrada da América do Sul, com um alto-forno e um trem laminador. A usina de Sabará produz 180 mil toneladas de barras trefiladas e endireitadas e ampliará a capacidade em até 36 mil toneladas por ano. Em Sabará, a empresa reinaugura no próximo dia 27 o Centro Cultural da Fundação ArcelorMittal Brasil.

Três perguntas

Christophe Dider - Diretor geral da Etihad Airways Brasil

Como a Etihad analisa o mercado brasileiro?

A empresa, que é de Abu Dhabi, tem 11 anos e começou a voar no país há um ano. A taxa de ocupação está boa e tem ficado entre 75% e 80%. É surpreendente, o mercado mudou muito no Brasil.

Em BH, existe um executivo para atender clientes da Etihad?

Sim. O mercado de BH tem muito potencial e merece alguém da própria Etihad – Leonardo Guimarães – e não alguém terceirizado. O mineiro gosta muito de ter uma pessoa no local para atendê-lo.

E qual é o desafio em BH?

Mineiro tem o hábito de viajar bastante. E, uma vez que se conhece a marca, não se quer mais viajar com outra empresa.