Dinâmica da dívida

FOTO: Edy Fernandes
Da esquerda para a direita, Rafael Dantas, Marcelo Miranda, o presidente da Fitch Ratings no Brasil Rafael Guedes, Fábio Marchiori e Luís Cerresi durante o Fórum de Finanças da Câmara Americana de Comércio Amcham BH) em Belo Horizonte

O Brasil está a 100 km/h e tem que parar o carro porque está prestes a bater numa parede. Essa foi a comparação usada pelo presidente da Fitch Ratings, o carioca Rafael Guedes, 54, durante palestra em BH promovida pela Amcham, para mostrar que o país precisa aprovar as reformas. “Agência de rating dá opinião sobre a capacidade de pagamento de uma dívida (do país), e para reverter essa dinâmica da dívida que é crescente precisamos de duas coisas, que são crescimento e superávit primário”, diz Guedes. Ele lembrou que quando o Brasil foi elevado a grau de investimento, em 2008, o superávit primário médio era de 3,7%: “Se tivermos um superávit primário de 3%, o mercado vai reagir de forma extremamente positiva para o Brasil, mas estamos longe de ver isso”.

Reforma política

Se tivesse que eleger um ponto nevrálgico do Brasil, o presidente da Fitch Ratings, Rafael Guedes, escolheria a reforma política como primeira necessidade para o país. Isso porque toda aprovação de medida no Brasil, segundo Guedes, é muito complicada porque há uma completa fragmentação no regime político. “Não temos partidos com um histórico de ideais de posições como vemos em outros países. Vemos reações situacionais do tipo ‘como vou votar’, ‘o que eu vou pedir em troca’ e ‘o que necessito para votar a favor ou contra (a medida)’. É termos partidos identificados com ideais e com propostas, e no Brasil não tem isso”, arrematou.

Grau de investimento

Para um país que perdeu o grau de investimento, como foi o caso do Brasil, Rafael Guedes conta que essa recuperação do título leva em média seis anos e meio. Se vai demorar mais ou menos depende das medidas que o país vai tomar. “São necessárias medidas pró-investimento para aumentar a confiança do investidor, não somente o estrangeiro, mas também o empresário local. Tem que ter estabilidade de regras, agências reguladoras independentes e um sistema legislativo mais rápido. (O Brasil) tem uma agenda robusta pela frente”, defendeu.

Equipe analítica

Na presidência da Fitch desde 1999, o engenheiro mecânico Rafael Guedes conta que não passou por ele a decisão de tirar o grau de investimento do Brasil. Isso é uma decisão da área analítica, que é independente, e uma das equipes fica em Nova York: “São vinte e poucas pessoas no mundo todo”. E grau de investimento resolve para um país? “Impacta muito, pois o universo de investidores que passa a ter é muito maior, tem investidores no mundo todo que têm as politicas de investimento e que dizem onde ele pode investir. O mercado para o grau de investimento é muito maior”, respondeu.

Solidariedade

FOTO: Instituto Mario Penna / Divulgação
Do Instituto Mario Penna, Wilton Serrate e Paulo Araújo; e, do Supermercados BH, Pedro Lourenço e Val Souza

Realizada em 140 lojas do Supermercados BH, de Pedro Lourenço, em prol do Instituto Mario Penna, a campanha Doe Seu Troco completou um ano em agosto e vai continuar. Com uma arrecadação de R$ 705 mil até o momento, o valor é utilizado para a compra de medicamentos e equipamentos hospitalares e na manutenção dos serviços realizados pela instituição aos pacientes do SUS. O Instituto Mario Penna conta com mais de 300 mil doadores regulares que contribuem todos os meses. 

Performance

FOTO: Arquivo Pessoal
Especialista em educação Otávio Grossi

Belo Horizonte ganha, a partir de hoje, um espaço para quem quer cuidar da alta performance física, nutricional e emocional. Trata-se da união da Grossi Treinamentos – do especialista em educação Otávio Grossi – à franquia do Studio Personal Alta Energia. No novo espaço, que fica na Savassi, haverá programas de coaching e também uma área para aquisição de obras de arte com galeria permanente. Para Grossi, essa é a nova tendência no mercado. 

Intermedium

O banco mineiro de médio porte Intermedium colhe uma rápida safra depois da instalação do tarifômetro – uma placa do lado de fora do banco, em BH, e que mostra quanto o cliente deixa de pagar em tarifas se tiver uma conta digital. O diretor comercial do Intermedium, Marco Túlio Guimarães, conta que antes do dia 22 de setembro, a média era de 500 contas digitais – que não têm tarifa – abertas por dia. Agora, pulou para 650 contas por dia. Antes, a fila de espera era de 3.000 pessoas, agora são 6.000. Deu certo a estratégia. 

Colapso iminente

FOTO: Edy Fernandes
No almoço-palestra da ADCE-MG, na sede da Fiemg, em Belo Horizonte, o presidente da ADCE, Sérgio Frade, e o presidente da Fundação Dom Cabral, Antonio Batista da Silva Júnior

O Brasil corre um sério risco de entrar em colapso no ano que vem. Esse é o pensamento do presidente da Fundação Dom Cabral (FDC), Antonio Batista, se o governo não conseguir aprovar a reforma fiscal. Colapso, na análise de Batista, quer dizer o país quebrar, não conseguir honrar seus compromissos. “Se o governo Temer não tem capital popular, capital eleitoral, ele tem capital congressual. Se ele conseguirá fazer eu não sei, as medidas são muito polêmicas. Talvez a reforma fiscal ele consiga”, disse o executivo à coluna, antes da palestra que fez em almoço da Associação de Dirigentes Cristãos de Empresa (ADCE).

Professor-robô

A Fundação Dom Cabral (FDC) já está fazendo experiências na sala de aula com Watson – o supercomputador – numa parceria com a IBM. O presidente da FDC, Antonio Andrade, contou que, numa discussão sobre liderança, todos os dados existentes na internet sobre o papa Francisco, por exemplo, foram armazenadas no robô, e os alunos dialogaram com ele sobre o assunto. “Por enquanto, ele é aluno, depois vamos colocá-lo para dar aula e vamos ver como vai ser”, contou Andrade. 

Longevidade

FOTO: Escola Americana / Divulgação
Diretora da escola, Catarina Song Chen

Com uma fila de 300 estudantes à espera de uma vaga, a Escola Americana (EABH) está completando 60 anos em Belo Horizonte. Com uma unidade na capital, a escola tem 332 alunos e vai lançar em novembro um livro que conta a história da escola e o desenvolvimento do bairro Buritis, onde está instalada. A EABH é reconhecida pelo Bacharelado Internacional como uma Escola do Mundo IB. Esse programa permite o trânsito do aluno por instituições acadêmicas de diferentes partes do mundo.