Quarta maior rede de drogarias do país e há 110 anos no mercado, a mineira Drogaria Araujo, comandada por Modesto Araujo Neto, foi eleita a empresa do ano de Minas Gerais, no Prêmio Minas Desempenho Empresarial. “Esse prêmio foi em função da rentabilidade, dos resultados apresentados. Foi gratificante porque, em 18 edições da premiação, é a primeira vez que uma empresa varejista ganhou o prêmio”, comemorou o empresário. 

Mesmo numa economia retraída pela crise, Modesto Araujo manteve o plano de crescimento da Drogaria Araujo com a abertura de mais 20 lojas neste ano. “Vamos fechar 2016 com 160 lojas e, em 2017, abriremos mais 40 unidades e chegaremos a 200 lojas abrindo mais 2.000 vagas”, calcula Araujo. O faturamento da rede também continua em ascensão. Neste ano, ficará em R$ 1,9 bilhão, mas poderá chegar a R$ 2 bilhões, com crescimento de mais de 10% ante 2015. 

Em dezembro, a Drogaria Araujo vai inaugurar um novo Centro de Distribuição instalado em Contagem, na Grande BH, numa área de 63 mil m². Todo automatizado, com tecnologia austríaca, Modesto Araujo explica que esse espaço dará condições de triplicar o tamanho da Araujo. “Podemos atingir até 600 lojas, investimos R$ 130 milhões no centro e vamos arrecadar R$ 180 milhões em ICMS”, contabiliza Araujo. 

Presidente da ACMinas, Lindolfo Paollielo; presidente da Drogaria Araujo, Modesto Araujo; e o presidente da revista “Mercado Comum”, Carlos Alberto Teixeira, que promove o Prêmio Minas Desempenho Empresarial em Belo Horizonte.

Mas nem todo o empreendedorismo de Modesto Araujo com a expansão do negócio foi suficiente para debelar os entraves burocráticos. “Todo empreendedor é obrigado a mendigar ao governo. Seguraram o crescimento da Araujo por três anos para liberar o Centro de Distribuição, e a construção dele durou só nove meses. Para autorizar o início da obra, fui obrigado a construir uma rua e fazer outras benfeitorias no valor de R$ 10 milhões. Isso equivale a uma extorsão”, criticou. “Eu gostaria de pedir aos governos (estadual, municipal e federal) para nos dar paz e nos deixar trabalhar para recuperarmos o crescimento do país”, disse. 

Nos últimos oito anos, Modesto Araujo contabiliza a sangria dos impostos. “Nossa carga de ICMS aumentou 68%. Ela correspondia a 5,4% e passou para 9,7% sobre o faturamento. Isso mostra que o governo prefere prejudicar os empresários aumentando os impostos a fazer o dever de casa deles, que é reduzir a despesa como todo empresário reduz. Despesa é igual unha, tem que cortar todo dia”, desabafou Araujo, diante das frequentes dificuldades. 

Uma das sócias-controladoras da Usiminas, a Ternium registrou lucro líquido de US$ 264 milhões no terceiro trimestre deste ano no resultado global, alta de 20% na comparação anual. Já o Ebitda foi de US$ 502 milhões, aumento de 28% em relação ao trimestre anterior. Para a Ternium, o resultado foi beneficiado por melhores performances de empresas não consolidadas que integram o grupo, entre elas a Usiminas, que teve números mais promissores no seu balanço do terceiro trimestre de 2016. 

CEO da Ternium Daniel Novegil defende Sergio Leite para a presidência da Usiminas.

Durante a apresentação dos resultados da Ternium, analistas internacionais questionaram sobre a situação da Usiminas, que mantém no cargo Romel Erwin como presidente interino. O CEO da Ternium América Latina, Daniel Novegil, explicou que “a empresa respeita a decisão da Justiça, ainda que não esteja feliz com a decisão de recolocar um CEO interino no cargo”. Segundo Novegil, a Ternium continuará a conversar com Nippon Steel, sócio-controlador da Usiminas, para encontrar uma solução para os problemas de governança.

Em visita oficial ao Brasil, o primeiro-ministro de Portugal, Antonio Costa, dois outros ministros e o novo embaixador de Portugal no Brasil, Jorge Tito Vasconcelos, estiveram em Belo Horizonte. Na agenda, assinaram acordos entre os governos português e mineiro para desenvolvimento de plataformas de transporte urbano, além de cooperação técnica entre as Universidades Federal de Minas Gerais e do Minho.

Durante o encontro com empresários mineiros, o primeiro-ministro de Portugal, Antonio Costa, e o ministro da Economia, Manuel Caldeira, apresentaram as vantagens de se investir em Portugal, e da abertura do mercado da União Europeia, a partir de Portugal, para um mercado com mais de 500 milhões de habitantes. Também apresentaram as possibilidades de financiamento dos investimentos por meio de Fundos Comunitários.

Embaixador de Portugal, Jorge Cabral; presidente da Câmara Portuguesa em Minas Gerais, Fernando Dias; Raul Penna; primeiro-ministro de Portugal, Antonio Costa; ministro da Economia de Portugal, Manuel Caldeira Cabral; e a consulesa de Portugal, Joana Calico.

A Transpes – especializada em movimentar cargas e com sede em Betim – foi eleita a melhor empresa para se trabalhar no Brasil. A Fundação Instituto de Administração (FIA) fez a tabulação e checagem dos dados apurados em cada etapa do processo, que visitou 200 empresas espalhadas por 91 cidades de todo o Brasil. Em 20 anos de prêmio, é a primeira vez que uma empresa alcança nota máxima em todas as categorias de Índice de Qualidade no Ambiente de Trabalho (IQAT). “No ano em que a empresa comemora 50 anos, é muito gratificante todo esse reconhecimento”, disse o presidente da empresa, Sandro Gonzalez. 

Alfonso (à esquerda) e o irmão Sandro Gonzalez no comando da Transpes.