Empresário vilão

“No Brasil, infelizmente, o empresário é considerado vilão. É o cara que explora o seu trabalhador, então ele tem que pagar muito mais imposto, tem que pagar caro mesmo. É assim que a esquerda pensa e é assim que o governo tem tratado o seu empresário”, disse o presidente do Instituto Mises Brasil, Hélio Beltrão, que fez palestra na posse da nova diretoria do Instituto de Formação de Líderes de Belo Horizonte (IFL-BH). Para Beltrão, a partir do momento que o empresário for tratado como aquele que efetivamente causa o crescimento, que cria o emprego, aí vai mudar de figura a situação de um país com mais de 12 milhões de desempregados.

Atividade empresarial

Defensor do pensamento liberal, Hélio Beltrão disse que está havendo uma mudança de direção. “A filosofia de quem está no governo, a começar pelo presidente Bolsonaro, não é a de que o empresário é o vilão, como sempre foi no Brasil. Inclusive, não conheço nenhum livro, fora o ‘Revolta de Atlas’, cujo tema seja o empresário e que seja um herói. Se você atrapalha o empresário, não tem crescimento, porque o crescimento se dá pela atividade empresarial”, defendeu Beltrão.

Reforma tributária

Num momento em que mais de 40% do salário de um trabalhador vira impostos, Hélio Beltrão defende a necessidade de várias reformas. “Meu medo da tal reforma tributária é que no fundo eles queiram dar uma aumentada na arrecadação que é justamente o que não queremos. Acho que a reforma que tem que ser feita é um ajuste de desvinculação que o (ministro) Paulo Guedes está negociando, dos gastos obrigatórios em certas rubricas do orçamento, porque se você desvincula já tem mais flexibilidade para diminuir o total de despesa”, explicou.

Fora burocracia

Sem abrir mão de receita, Hélio Beltrão defendeu a desburocratização como forma de simplificar o país. “Isso só tira privilégio de pequenos grupos de interesse, como cartórios e outros. O resto da população ganha”, disse. Quanto à atividade econômica que tem perspectiva de PIB menor, de 2%, Beltrão acredita ser possível que esse percentual volte a subir. Para isso, são essenciais a reforma da Previdência e uma série de privatizações que o amigo e secretário de desestatização, Salim Mattar, está organizando.

Na posse da nova diretoria do Instituto de Formação de Líderes de Belo Horizonte (IFL-BH), diretor de formação, Fabrício Teixeira; diretora de comunicação, Marina Medioli; presidente, Lucas Vidigal; presidente do Instituto Mises Brasil, Hélio Beltrão; diretor institucional, Marcelo Tafarelo; diretora de eventos, Laura Franco

Filarmônica e ArcelorMittal

A Orquestra Filarmônica de Minas Gerais e a ArcelorMittal Brasil viraram parceiras. A empresa patrocina as séries Presto e Veloce, nas quais a Filarmônica – criada em 2008 – interpreta grandes obras do repertório sinfônico. O investimento da ArcelorMittal é de R$ 500 mil, via Lei Rouanet. Quatorze empresas patrocinam a Filarmônica com recursos da Lei Rouanet, uma empresa patrocina com recursos da Lei Estadual de Incentivo à Cultura, e quatro empresas participam com investimentos próprios.

Custo x receita

O diretor-presidente do Instituto Cultural Filarmônica, Diomar Silveira, diz que o custo anual da orquestra é de R$ 30 milhões por ano, sendo R$ 22 milhões para a folha de pagamento, R$ 5 milhões para custear as atividades artísticas e R$ 3 milhões para custos administrativos. A receita principal de R$ 18,3 milhões vem do contrato de gestão com o governo do Estado. É necessária a captação de R$ 8,7 milhões e R$ 3 milhões vem da bilheteria. “Conseguimos captar R$ 5,7 milhões neste ano. Ainda estamos na luta de R$ 3 milhões via leis de incentivo”, diz.

Um sufoco

Diomar Silveira diz que se não vem dinheiro do Estado não tem como pagar o salário, que é a parte mais importante. A cada semestre, o governo tem que enviar R$ 9,15 milhões. “Até agora, está tudo em dia com os salários dos funcionários. Mas a cada fim de mês é sempre um sufoco. A folha de janeiro e fevereiro já conseguimos pagar”, desabafa. São 145 profissionais, entre 90 músicos, dez técnicos e 45 funcionários, incluindo diretores, gerentes e pessoas que trabalham nas diretorias.

Presidente da Fundação ArcelorMittal, Paula Harraca; CEO da ArcelorMittal Aços Longos Latam, Jefferson De Paula; diretor-presidente do Instituto Cultural Filarmônica, Diomar Silveira; e o diretor artístico e regente titular da Filarmônica de Minas Gerais, Fabio Mechetti, durante assinatura de contrato de patrocínio

Terceirização

O advogado Décio Freire – que foi vitorioso no pleno do STF quanto à liberação da terceirização de atividade fim para as empresas – está preocupado com a falta de publicação, até hoje, do acórdão do julgamento ocorrido em agosto de 2018. É que milhares de empresas e associações dependem da publicação para se adequarem. Apesar dessa decisão ser extremamente positiva para a economia, num momento tão importante para o país e para Estados em dificuldades como Minas Gerais, sete meses se passaram e, até o momento, a publicação do acórdão ainda não aconteceu.

Décio Freire homenageou o novo presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região, desembargador do trabalho, José da Fonseca Martins; e a nova corregedora geral, Mery Booker Caminha, ao lado do ministro do STJ Benedito Gonçalves e Sergio Leite, presidente da Usiminas

Tragédia social

O presidente da Fiemg, Flávio Roscoe, tem feito uma peregrinação a formadores de opinião para explicar os impactos econômicos e sociais da paralisação que atinge, atualmente, 90 milhões de toneladas de minério de ferro, gerando perda de 800 mil empregos e queda de R$ 4,5 bilhões na arrecadação anual do Estado. Para Roscoe, tem barragem e mina que têm que estar paradas – ninguém discute isso, mas existem atividades paralisadas porque a autoridade não quer assinar. Por isso, ele adverte que é preciso tomar cuidado para que não aconteça uma paralisação do Estado com a falta de minério.

Presidente da Fiemg, Flávio Roscoe, que esteve na rádio Super 91,7 FM; e o diretor executivo da Sempre Editora, Heron Guimarães

Fiat sustentável

No Dia Mundial da Água, em 22 de março, a Fiat Chrysler Automóveis celebrou um recorde. O Polo Automotivo Fiat, em Betim (MG), alcançou a meta de eliminar a água potável na produção de carros. Isso foi possível com o reúso de água, que hoje está em 99,6%. “O complexo de tratamento de efluentes do Polo Automotivo Fiat é um dos mais modernos da América Latina. Com o reúso, em 2018, a Fiat deixou de consumir 360 mil m³ de água potável, volume suficiente para abastecer mais de cem mil pessoas por ano”, diz o gerente de meio ambiente, saúde e segurança do trabalho da FCA para a América Latina, Neylor Bastos.

Gerente de meio ambiente, saúde e segurança do trabalho da FCA para a América Latina, Neylor Bastos, comemora resultados