Estiagem

"A estiagem é algo nunca visto, foge a qualquer registro histórico”, diz, preocupado, o presidente da Copasa, Ricardo Simões. Estamos 50% abaixo da média histórica em termos de precipitação pluviométrica em Minas Gerais, isso porque a Copasa, com 600 pluviômetros instalados no Estado, consegue monitorar a situação diariamente. “Estamos em alerta o tempo todo”, afirma Simões.

Abastecida

O investimento da Copasa, de 2003 para cá, em abastecimento de água e esgotamento sanitário foi de R$ 6 bilhões. “Os investimentos que a empresa fez dão a ela condições de assegurar o abastecimento”, conta. Neste ano, o presidente da Copasa, Ricardo Simões, diz que serão aplicados cerca de R$ 1 bilhão em água e esgoto nos 626 municípios em que a Copasa opera. “Todos eles terão algum tipo de investimento”, diz.

Gás dos EUA

O pessoal está querendo trazer, de navio, gás de xisto dos EUA. Seriam empresas de geração que estão estudando a viabilidade do projeto. “O navio encosta, despeja no gasoduto. Dizem que não fica caro, é um plano, uma ideia”, conta o presidente da Sociedade Mineira de Engenheiros, Aílton Ricaldoni. Estão estudando essa possibilidade para abastecer o mercado e construir novas térmicas. 

Licitações

As empresas mineiras estão participando menos das licitações? “Elas participam de todos os processos em que têm condições. É lógico que, no nível de preço oferecido, as empresas têm que selecionar porque o risco está grande”, responde o presidente do Sicepot-MG, Alberto Salum, pois as empresas vivem de fazer obra. “O lucro é o salário das empresas. Se forem pegar processo para perder dinheiro, não tem sentido. É essa a visão que o país está tendo hoje, por isso que eu acho que há uma crise no setor”. 

Nova sede do Sicepot-MG

Após solenidade de inauguração da nova sede em BH com benção de dom Walmor, o presidente do Sicepot-MG, Alberto Salum, quer o associado no sindicato. “Quero dar cada vez mais cursos para os funcionários e filhos deles, e esse teatro de 300 pessoas, quero usá-lo na cultura. Não basta ficar preso nas suas portas, preciso abrir o sindicato para a sociedade”.

Trutas mortas

Alguns criadouros de truta no Sul de Minas estão totalmente sem o peixe, informa o secretário de Estado de Meio Ambiente, Adriano Magalhães. Ele explica que a mortandade de trutas é em função da estiagem e do aumento da temperatura da água. “Nos restaurantes da região de Itamonte e Aiuruoca, você não vai encontrar truta. Estão oferecendo salmão importado”, conta Magalhães. E o problema se alastra por dez municípios da região. “É um sinal de que as coisas estão num cenário crítico”. 

Térmicas

O presidente da SME, Aílton Ricaldoni, diz que novas térmicas terão que ser construídas. “A térmica tem um problema: tem que ter um combustível que é óleo pesado, óleo diesel, gás, carvão”. O custo de investimento da térmica é mais barato – R$ 1 milhão a R$ 1,5 milhão por MW instalado –, mas o custo de operação é mais caro por causa do combustível. A eólica precisa de R$ 4 milhões investidos para o MW instalado. “Mas o combustível, o vento, é de graça”, compara.