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HELENICE LAGUARDIA escreve em Economia às segundas. helenice@otempo.com.br

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Lilly Estética abre seis unidades em Belo Horizonte neste ano

Publicado em: Qui, 27/05/21 - 14h13

Criada há 14 anos, a Lilly Estética tem oito unidades no interior de São Paulo e Minas Gerais foi escolhida para a primeira expansão da rede de clínicas de beleza. Belo Horizonte já tem uma unidade aberta e outras cinco serão inauguradas até o final de agosto deste ano como nos conta Sergio Alarcon, diretor financeiro e de operações da Lilly Estética, que nasceu em Ribeirão Preto. A seguir, trechos da entrevista a O Tempo.  

Qual é a história da Lilly Estética? A Lilly Estética nasceu há 14 anos no interior de São Paulo em Ribeirão Preto é o sonho da Nicole Sarantopoulos a nossa fundadora junto com a sua mãe de criar um negócio de estética a base de muito teste, muito ensaio, com diversos procedimentos, diversos equipamentos. E em 2019, com a chegada do novo investidor, a Lilly passou a caminhar num novo momento de profissionalização do negócio e expansão acelerada por todo o país.

A empresa tem oito unidades no interior de São Paulo e agora começou um plano de expansão, principalmente, aqui, em Minas Gerais. Por que vocês escolheram o mercado mineiro? Minas Gerais tem uma demanda muito reprimida por esse serviço. Então a gente entende que tem espaço para levar tratamentos de qualidade equipamentos de alta tecnologia com preços acessíveis para o mercado mineiro. BH é uma cidade estratégica principalmente é a primeira que a gente entra dentro de Minas Gerais. E vamos entrar com seis clínicas. Já inauguramos uma no shopping Pátio Savassi e temos mais cinco clínicas para inaugurar até o final de agosto. Então, Belo Horizonte é o mercado que a Lilly Estética pretende se posicionar de forma bastante estratégica, se consolidar como um dos principais players de estética na região mineira.

As seis unidades em Belo Horizonte são próprias ou são franquias e qual é a explicação dessa abertura predominantemente nos shoppings? Há uma estratégia para a gente importante como presença de marca e a gente está trabalhando, e o shopping facilita quando a gente fala de exposição de marca e deixa esse investimento em construção de marca mais eficiente. A gente também usou a estratégia de entrar em shopping pela segurança. São cidades que a gente ainda está conhecendo o perfil, as regiões, e no shopping a gente tem todo um complexo de segurança ali mais adequado para a experiência do cliente e para a segurança da clínica porque a gente tem um parque de mais de R$ 1 milhão de equipamentos caros e de alta tecnologia e o shopping proporciona isso. Quando a gente fala da estratégia de crescimento, a gente pretende, no primeiro momento, crescer pela via própria. Então são todas as unidades próprias da Lilly. Nosso investimento gira em torno de R$ 1 milhão com equipamentos e mais ou menos de R$ 500 mil a R$ 600 mil para toda a parte de infraestrutura e obras para a gente colocar uma unidade funcionando. Então, em cada unidade, são investidos em torno de R$ 1,5 milhão a R$ 1,6 milhão dependendo da metragem e do projeto arquitetônico que a gente vai usar na clínica.

É um investimento próprio da Lilly Estética ou existem parceiros? Hoje é capital próprio, temos um quadro societário forte. São investidores que já têm bastante experiência no mercado, são empreendedores aqui do Rio de Janeiro e em outros lugares do país. Então hoje é 100% capital próprio. A gente tem uma estratégia logicamente de endividamento com base numa equalização entre capital próprio e de terceiros de maneira saudável para o nosso crescimento mas, majoritariamente, a gente cresce, atualmente, pela via do capital próprio.

Há planos de novas expansões da Lilly Estética em outros Estados brasileiros? Sim. A gente tem um sonho grande aqui dentro da Lilly e pretendemos chegar a 60 unidades em 2022. Para 2021, a gente termina o ano com um levantamento 25 a 30 clínicas com presença no interior de São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Distrito Federal e Rio de Janeiro. São essas as praças que a gente mapeou agora para 2021. Em 2022, muito provavelmente, a gente vai acelerar por São Paulo, capital, e buscar outras praças que tenham o perfil adequado e um público semelhante em que a gente busca trabalhar já nas praças em que estamos hoje.

Qual que é o volume de recursos que vocês têm para investir já que são sócios, é dinheiro próprio, ou isso também se dará pela entrada de fundos de investimentos, ou a empresa estuda um IPO na Bolsa de Valores para poder captar mais recursos e crescer mais rapidamente, qual é o plano plurianual da Lilly? No início de 2021, a gente fez uma captação uma série A com um fundo de private equity venture capital do Rio de Janeiro que já tem bastante experiência no mercado, no varejo. A gente tem uma segunda série de captação para o início de 2022 já planejada também com esse nosso novo parceiro e a ideia é a gente buscar ao longo de 2022 mas ali para o segundo semestre uma rodada grande para viabilizar a segunda fase acelerada de expansão da Lilly Estética chegando a 60 e até cem lojas até o final de 2022/2023. Quando a gente fala de um evento de liquidez é um sonho dos sócios levar esse negócio para a Bolsa de Valores e permitir aí um crescimento por todo o país.

Com a participação de fundo de investimento e o interesse em novos investidores qual tem sido o aporte feito por esse fundo de investimento? Depende. Para essa rodada agora fizemos um trabalho de mais ou menos R$ 30 milhões a R$ 35 milhões de captação mas para a segunda fase a gente pretende levar esse cheque para um outro patamar e aí sim pensando numa aceleração muito maior do que a gente fez nessa primeira fase de captação. Então acho que são dois momentos distintos nessa primeira fase com esse recurso de R$ 30 milhões, R$ 35 milhões e uma segunda fase bem mais expressiva para a gente ir com uma segunda fase de crescimento.

Como a empresa tem 14 anos no mercado, vocês também já têm essa relação do retorno do investimento que a Lilly Estética fez lá no início. Vocês observaram um retorno num tempo seguro que dá para manter as margens de lucros e resultados da empresa? Sim. Uma unidade já se paga no seu quinto, sexto mês, então esse é um negócio que começa a gerar caixa com bastante velocidade e a gente estima aí que com mais ou menos 14 meses uma unidade já encontrou seu breakeven já teve o seu payback. Então ela é um negócio que gera resultado rápido e tem ainda o potencial de crescimento muito grande, tem bastante alavancas de crescimento que pode trabalhar dentro do projeto da Lilly que a gente ainda pretende explorar para os próximos anos.

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