Minha Casa, Minha Vida

Se depender do presidente Jair Bolsonaro, o futuro do programa Minha Casa, Minha Vida está com a manutenção garantida. “O programa melhora, é prioridade do governo Bolsonaro. Ele vai querer aumentar e já deixou isso claro”, conta o conselheiro da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), Rubens Menin, que já se reuniu com Bolsonaro. “Está tudo rodando normalmente”, afirma Menin. 

Desempenho do grupo

Presidente dos conselhos de administração da MRV Engenharia, do Banco Inter, da Log Commercial Properties, da Urbamais e da AHS Residential, Rubens Menin está muito otimista com o desempenho das empresas do grupo neste ano. “A Log abriu capital e está muito bem, e o Banco Inter está conquistando 7.000 novos clientes por dia”, comemora Menin. -

Pedras no caminho

Rubens Menin diz que é preciso desburocratizar o país em tudo. “O Brasil está em 109º lugar entre 190 países no Doing Business. A meta é chegar no mínimo em 50º”, defende Menin, com base no ranking global de ambiente de negócios do Banco Mundial. O levantamento classifica as economias segundo a facilidade para fazer negócios. Além disso, o executivo diz que é preciso melhorar a segurança jurídica no Brasil. 

Fundador da MRV Engenharia, Rubens Menin; presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga; e vice-presidente da CNI, Olavo Machado.

Clube de Permuta

O fundador do Clube de Permuta, Leonardo Bortoletto, conta que 2018 foi o melhor ano da história da companhia, que registrou a participação de quase 850 empresas que operam por meio da plataforma em 18 cidades. Além disso, houve a ultrapassagem de 115 milhões de transações. “Temos conseguido melhorar o mix, entregar aquilo que a gente se propõe, reduzindo a despesa de todos e melhorando na hora de fazer investimento. A empresa, em vez de gastar dinheiro, tem usado a permuta conosco”, informa. 

Negócio multilateral

A estratégia de Leonardo Bortoletto é buscar atuação mais forte na área da construção civil e aumentar a presença no interior paulista neste ano. O objetivo é estar em 25 cidades. Depois de seis anos de história, em Belo Horizonte são 215 companhias participantes. “O Clube de Permuta é um ambiente fechado, entra com indicação, e em eventos faz os donos das empresas se conhecerem. Eles fazem negócios em permuta multilateral, ou seja, compra o que precisa e entrega aquilo que tem muito, que é o seu produto e serviço”, explica Bortoletto.

Em evento do Clube de Permuta no Automóvel Clube de Belo Horizonte, Idel Yarochewsky, Alberto Ramos Filho, Alexandre Meira, Leonardo Bortoletto e Alexandre Penido.

Confiança

Ao ver as primeiras medidas do governo federal, o CEO da Héstia Consultoria, Luiz Antônio Athayde, acredita que elas estão balizando um novo ambiente de confiança favorável ao investimento. “Não só investimento de infraestrutura vital ao país por conta do enorme déficit que temos, mas também voltados à inovação e à melhoria dos serviços industriais. Isso vai contribuir para um novo patamar de capacidade de competição do país. A consequência direta disso é mais empregos qualificados e o fomento a uma nova onda de investimento em todos os setores”, avalia. 

Foco na Previdência

Luiz Antônio Athayde tem conversado com investidores que esperam a reforma da Previdência. “São setores ávidos em infraestrutura e interesse da área de construção de entrar no Brasil”, diz Athayde. Tem representantes asiáticos e americanos. Também tem o pessoal que lida com infraestrutura na área petrolífera. Para ele, a reforma da Previdência não só terá um impacto estruturante na economia como vai funcionar como um gatilho para que ações mais ousadas do governo sejam discutidas no Congresso como as novas concessões.

Os sócios da Trium Capital, Daniel Perdomo e Bernardo Fernandes; o CEO da Héstia Consultoria, Luiz Antônio Athayde; e Pedro Vilhena, também da Trium Capital.

Momento Gasmig

O presidente da Companhia de Gás de Minas Gerais (Gasmig), Pedro Magalhães, comemora a duplicação do lucro da estatal registrado durante sua gestão, de maio de 2017 até o momento. O resultado anual foi de R$ 90 milhões em 2016 e em 2018 fechou em R$ 180 milhões. “Em 30 anos de história da Gasmig foram ligadas 17 mil residências a gás, no meu período, foram 50 mil unidades, alta de 200%”, conta. 

Gás Natural Veicular

O consumo de Gás Natural Veicular (GNV) também registrou aumento de 70% em 2018 ante 2017. A expectativa agora é quanto ao reflexo da lei aprovada no fim de 2018 que prevê isenção de IPVA para carros movidos a gás e eletricidade produzidos em Minas Gerais. “Se abre mão de receita de IPVA de R$ 40 milhões, mas tem um ganho de receita de ICMS de R$ 1,8 bilhão quando vende o carro para fora (outros Estados)”, calcula Pedro Magalhães. 

Privatização

Pedro Magalhães diz que a Gasmig deve ser vendida, aliás no governo Fernando Pimentel já havia esse projeto. “Mas o governo pode ficar com o controle da empresa vendendo somente as ações preferenciais e ficando com as ações ordinárias”, defende. Atualmente, a Gasmig tem 400 funcionários entre quadro próprio e terceirizados. 

Presidente da Gasmig, Pedro Magalhães, conta que com R$ 50 um carro movido a Gás Natural Veicular (GNV) anda 212 km.