Minas SA

HELENICE LAGUARDIA escreve em Economia às segundas. helenice@otempo.com.br

Minas S/A

Rede Intercity vai abrir mais três hotéis

Publicado em: Qui, 15/08/19 - 03h00
Alexandre Gehlen começou no setor ajudando a avó na pousada que ela tinha em Gramado | Foto: Fotos ICH / Divulgação

Ouça a notícia

Todo período de férias era tempo de Alexandre Gehlen ajudar a avó, que tinha uma pousada em Gramado (RS). Na atividade da família, Gehlen, que é formado em hotelaria e administração de empresas, tomou gosto pela área e foi convidado por um grupo de sócios investidores a montar um novo negócio – surgia, então, a rede Intercity de Hotéis no Brasil, em 1999.

Há 20 anos no mercado, a rede, que tem previsão de faturar R$ 350 milhões neste ano, atingiu a marca de 40 unidades distribuídas em 30 cidades de 15 Estados e no Distrito Federal no Brasil, além de uma no Uruguai.

A Intercity é uma bandeira de hotéis urbanos que atua no segmento intermediário da ICH Administração de Hotéis, detentora das marcas YOO2 e Hi!.

Gehlen, que é diretor geral da ICH Administração de Hotéis, conta que o plano de expansão prevê a inauguração de mais três unidades no segundo semestre de 2019, localizadas em Florianópolis (SC), São Paulo (SP) e Curitiba (PR).

Atualmente, a rede conta com mais de 1.600 colaboradores. “Na última semana, fomos premiados no ranking Melhores Empresas para Trabalhar 2019 – Hotelaria e Turismo, realizado pela consultoria Great Place to Work”, comemora.

Quanto às novas contratações, Gehlen diz que a ICH é uma empresa que não para de crescer. “Sempre buscamos profissionais que gostem de desafios, sejam comprometidos, tenham o gosto por encantar, colaborar e vender”, explica.

No faturamento, o executivo calcula um crescimento de 18% no primeiro semestre de 2019 com relação ao mesmo período em 2018. “Apesar do período econômico-político atípico e desafiador, desde o final do ano passado começamos a ver uma recuperação dos números. O primeiro trimestre do ano surpreendeu. Mas ainda não podemos afirmar que o cenário se consolidou. As praças secundárias e aquelas que herdaram uma superoferta ainda sofrem. A grande virada está sendo puxada por São Paulo, que sempre consideramos a mola propulsora da economia brasileira”, analisa.

Outro número animador é a taxa de ocupação: “No primeiro semestre de 2019, tivemos um crescimento de 4% com relação ao mesmo período de 2018”. No ano passado, 645 mil hóspedes passaram pelos hotéis da rede.

Para obter resultados tão positivos, Gehlen observa que a inovação sempre esteve no DNA da Intercity, sendo um dos diferenciais da rede. “Fomos pioneiros em diversas tecnologias que hoje parecem básicas. Investir em experiência e tecnologia será o diferencial do setor para atender as expectativas dos hóspedes”, conta.

Entre os diferenciais competitivos, Gehlen aponta a plataforma ICDS – que consiste na estratégia de alinhar e conectar 100% as áreas de vendas, marketing, distribuição e RM. 

Investimento é de R$ 40 milhões em cada nova unidade

O diretor geral da ICH Administração de Hotéis, Alexandre Gehlen, explica que, dos 40 hotéis, a grande maioria é viabilizada por investidores.

“A Intercity empresta a marca, a gestão, e somos uma empresa administradora de hotéis”, informa. Quanto ao plano de expansão, Gehlen conta que os próximos três hotéis serão implantados por investidores parceiros que demandam investimento médio de R$ 40 milhões em cada unidade: Florianópolis, São Paulo e Curitiba. 

Em Belo Horizonte, a marca Intercity está em um hotel de 280 apartamentos na av. Amazonas, no bairro Gameleira. “Ele foi viabilizado por parceiros locais de Belo Horizonte liderados por Rodrigo Cançado. Em Minas, tem outro Intercity, em Montes Claros”, conta. 

Para Gehlen, o Brasil está num momento de recuperação em hotéis urbanos. “O melhor momento da hotelaria brasileira foi em 2012, e depois foram anos duros, porque o setor está ligado ao PIB. Quando o PIB cresce, a procura por hotéis cresce, e, quando ele cai, a procura também”, compara. 

Aliado a isso aconteceu o fenômeno da oferta. “Em BH, houve a superoferta e a hotelaria quase triplicou na cidade. Nisso tem a tempestade perfeita por diminuição de demanda por conta do PIB estagnado. Agora, depois de seis anos, isso está começando a se dissipar, e os investidores estão começando a olhar para o setor com bons olhos”, comemora. 

Remodelação

A Intercity tem trabalhado na remodelação dos seus produtos para se adequar ao mercado. Alexandre Gehlen diz que é necessário investir constantemente nos ativos para ter os produtos competitivos.

---

O TEMPO reforça o compromisso com o jornalismo mineiro, profissional e de qualidade. Nossa redação produz diariamente informação responsável e que você pode confiar.

Siga O TEMPO no Facebook, no Twitter e no Instagram. Ajude a aumentar a nossa comunidade.