De professor com formação em matemática para dono da décima maior instituição de ensino do Brasil, a Unicesumar, o reitor e fundador Wilson de Matos Silva tem a calma e o equilíbrio para responder que o céu é o limite para o crescimento de seu negócio. Com 27 anos, a Unicesumar começou com pouco mais de cem alunos; hoje são 92 mil estudantes. “Estamos programados para chegar a 2020 com o dobro de alunos que temos hoje: 160 mil alunos é a nossa meta. Para isso, estamos construindo mais campus presenciais fora da nossa sede (Maringá, no Paraná)”, explica Silva, que esteve na capital mineira para lançar o modelo híbrido de ensino da instituição.
Minas Gerais está nos planos do reitor para ter um campus da Unicesumar. “Tenho uma simpatia muito grande por Belo Horizonte. Não está programado para o ano que vem (o campus), mas não está fora do nosso portfólio. Dentro de três anos, podemos ter um campus físico da Unicesumar em Belo Horizonte”, informa o também ex-senador.
Atualmente, a Unicesumar tem quatro campi – Maringá, Curitiba, Ponta Grossa e Londrina – e, em breve, terá outros três inaugurados. “Em Curitiba, para construirmos um prédio de 12 mil metros quadrados e comprarmos um terreno de 25 mil metros quadrados, investimos R$ 50 milhões. Em Belo Horizonte, também seria necessário um investimento dessa ordem”, calcula.
Para a expansão, o investimento necessário é em torno de R$ 60 milhões a R$ 80 milhões por ano. “Isso vai se dar por conta própria e alguns recursos buscados em bancos”, conta.
A Unicesumar tem 250 polos de atendimento pelo Brasil. “Tínhamos, até três anos atrás, 68, e o governo autorizou abrir 150 polos todos os anos. No final de dezembro (deste ano), chegamos a 300 polos, ano que vem serão mais 150, e vamos a 450. Em 2019, estaremos com 600 polos”, afirma o empresário.
Em Minas Gerais são 40 polos EAD, e a previsão é de mais 25 polos projetados para os próximos dois anos.
O reitor da Unicesumar calcula chegar a 300 mil alunos quando atingir a marca de 600 polos EAD, mais a soma dos presenciais. “Vale a pena investir em educação, principalmente, quando se faz um produto que leva o sucesso para a juventude”, filosofa Silva, que tem uma estimativa de faturamento próximo aos R$ 500 milhões neste ano.
Modelo híbrido. Para o reitor, a revolução do modelo híbrido é levar um ensino de qualidade para os polos da Unicesumar: “É um ensino preparado para muitos alunos, então, conseguimos abaixar o custo. O híbrido vai custar menos da metade do que um curso presencial de engenharia. Então, é a socialização dos ensinos de engenharia com qualidade”.
Para Silva, em vez de o aluno ficar numa na sala de aula com um quadro branco e preto, o sentido do híbrido é apresentar um mundo moderno para despertá-lo para a aprendizagem.
O modelo híbrido vai custar pouco mais de R$ 700 por mês, enquanto um curso presencial está na faixa de R$ 2.000 nas instituições brasileiras. “Então, vai permitir às pessoas de um poder aquisitivo bem menor ter um acesso ao sonho das engenharias”, conclui.
Na política
Desafio. O fundador da Unicesumar, Wilson de Matos Silva, defende a implantação do ensino de tempo integral do primeiro ao 12º ano. “Esse é o desafio que o Brasil não pode abrir mão”, afirma.
Minas é o 2º lugar em polos da instituição
Gestor dos polos EAD (educação a distância) Unicesumar em Contagem, há 11 anos, e em Ibirité, há 2 anos, o professor Mauro Elysio conta que já colaram grau 3.000 alunos na última década.
Minas Gerais tem posição importante no mercado de atuação da Unicesumar. “Hoje, Minas Gerais só perde para o Paraná em número de polos. Nós trouxemos a marca Unicesumar para Minas em 2006. Temos uma importância muito grande, porque estamos desde o início do projeto EAD da instituição. Então, a Unicesumar vê um potencial enorme no nosso Estado”, conta.
Elysio explica que o polo é a unidade de apoio presencial: “Onde o aluno vai fazer o seu vestibular, onde ele se matricula, onde ele pode assistir às aulas presencialmente, à videoaula, e tem a flexibilidade de assistir à aula também em casa. No polo, há o apoio dos nossos tutores”.
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