Moscou, Rússia. Um homem armado com uma faca feriu oito pessoas ontem na cidade russa de Surgut, ao norte de Moscou, antes de ser morto a tiros pela polícia. O Estado Islâmico assumiu a autoria do ataque. Antes, a polícia russa chegou a afirmar que não acreditava na hipótese de um atentado terrorista.
“O agressor na cidade de Surgut, na Rússia, é um soldado do EI”, informou o grupo radical em um comunicado divulgado por sua agência de propaganda, a Amaq, que também havia reivindicado os atentados que deixaram 14 mortos e mais de cem feridos na quinta-feira na Espanha.
O ataque aos pedestres começou por volta das 11h20 (3h20 no horário de Brasília) nas ruas centrais da cidade de 330 mil habitantes. O autor do ataque, que, encapuzado, tentou resistir à polícia e foi morto, informaram as forças de segurança, destacando que tinham identificado o atacante, um homem nascido em 1994 em Surgut, e examinaram seus antecedentes psiquiátricos.
Foi aberta uma investigação não por terrorismo, mas “por tentativa de homicídio”, sob o controle direto do diretor do comitê, Alexandre Bastrikine.
“Um homem que corre com uma faca e que tenta matar o máximo de pessoas. O que é isto senão um atentado?”, questionou o principal opositor do Kremlin, Alexei Navalny.
Desde o início de sua intervenção militar na Síria, em 30 de setembro do ano passado, a Rússia, aliada do regime de Bashar al-Assad, é ameaçada pelo grupo EI e pelo braço sírio da Al Qaeda. O serviço secreto russo anunciou no início da semana a detenção de quatro supostos membros do EI, que planejavam atentados em centros comerciais e nos transportes públicos de Moscou.
França. A estação de trem de Nimes, na França, foi evacuada no começo da noite de ontem. Segundo o jornal francês Le Parisien, uma testemunha disse aos policiais que viu um homem armado. Um suspeito com uma pistola falsa foi preso. Às 23h local (18h de Brasília), a estação já havia voltado a funcionar parcialmente.
| FOTO: VESA MOILANEN - LEHTIKUVA / AFP |
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| Finlandeses levaram flores e velas ao local das mortes |
Suspeito de ato de terror é marroquino
Turku, Finlândia. O marroquino de 18 anos acusado de matar duas pessoas e de ferir outras oito na Finlândia, na sexta-feira, é um solicitante de asilo que apontou especialmente contra as mulheres em seu ataque, qualificado de “terrorista” pelas autoridades. Os acusados pelo atentado em Barcelona também são marroquinos, mas não há comprovação de elo entre os fatos.
A polícia deteve o rapaz na sexta-feira em uma praça do centro de Turku após atingi-lo com um tiro na perna. “Durante a noite recebemos informações adicionais que indicavam assassinato e tentativa com intenção terrorista”, declarou a polícia.
O agressor – que chegou ao país em 2016 e não teve a identidade revelada – segue hospitalizado, e a polícia ignora o que o levou a agir. “A existência ou não de um vínculo com o Estado Islâmico será um dos principais eixos da investigação”, declarou o diretor da Agência de Inteligência finlandesa, Antti Pelttari.
Ontem, as autoridades também anunciaram que quatro pessoas de nacionalidade marroquina foram presas em um centro para solicitantes de asilo e em um apartamento. “Não estamos certo de que têm relação, mas estavam em contato com o principal suspeito”, afirmou Markus Laine, do Escritório Nacional de Investigações.
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