A rede de noticias RT News divulgou neste sábado (23) uma matéria onde um dos supostos terroristas presos na Rússia hoje de manhã teria afirmado ter sido contratado para realizar o atentado contra a casa de shows Crocus City Hall, nos arredores de Moscou, via a rede social Telegram.
Ao menos 133 pessoas que assistiam ao show da banda Picnic morreram e 107 ficaram feridas durante a noite de sexta-feira (22).
Na manhã deste sábado (23), os serviços de segurança da Rússia afirmaram que prenderam 11 suspeitos envolvidos, incluindo os quatro terroristas que abriram fogo na casa de shows. O massacre foi reivindicado pelo grupo afiliado do Estado Islâmico no Afeganistão, chamado Estado Islâmico da Província de Khorasan, ou ISIS-K.
No vídeo divulgado pela RT News, o homem declara que esteve na Turquia antes do ataque de sexta-feira. Questionado sobre o que fez no espaço de concertos de Crocus City na noite de sexta-feira, ele respondeu: "Eu atirei... em pessoas". Ele afirma que metade dos 500 mil rublos - o equivalente a cerca de R$ 27 mil, prometidos já tinham sido pagos a ele, via cartão.
Ele afirmou que não conhecia as pessoas que o contrataram, que providenciaram um esconderijo de armas para os atiradores, e que foi inicialmente contatado pelo aplicativo de mensagens Telegram. Segundo o suspeito, ele estava "ouvindo sermões… de um pregador" no Telegram antes de ser contatado pelos supostos mentores do ataque, há cerca de um mês.
Homens armados, quatro segundo as autoridades, abriram fogo e depois incendiaram o Crocus City Hall, nos arredores de Moscou, pouco antes de um show. O ataque à sala de concertos é considerado um dos mais sangrentos na Rússia em duas décadas e o mais mortal reivindicado na Europa pelo grupo EI.
Entenda, hora a hora, a ação nessa sexta-feira (22) dos terroristas.
Até a publicação desta reportagem, o Telegram não havia se manifestado.