Ransomware

Ciberataques supostamente executados por russos atingem mais de mil empresas

Rede de supermercados na Suécia teve que fechar cerca de 500 lojas no país após ter sido alvo do ataque; alvo é empresa norte-americana que fornece sistemas para terceiros

Por AFP
Publicado em 03 de julho de 2021 | 18:16
 
 
Presidente Putin nega que seu governo tenha qualquer ligação com sucessivos ataques hackers com origem na Rùssia Foto: ALEXEY NIKOLSKY / SPUTNIK / AFP

Autoridades de inteligência dos Estados Unidos apuram uma sequência de ataques cibernéticos pelo mundo contra empresas que utilizam o software de gestão de tecnologia da americana Kaseya. A Huntress Labs, especialista em cibersegurança, identificou ofensivas a 20 provedores de serviços de tecnologia da informação (TI), que atingiram mais de mil companhias pelo mundo.

A principal suspeita no momento é a de que a investida tenha sido executada pelo grupo de criminosos russo REvil, o mesmo que atacou as operações da JBS nos EUA. A quadrilha usa o esquema conhecido como Ransomware, em que há uma espécie de sequestro do sistema e cobrança de resgate para a liberação.

Segundo a agência Bloomberg, citando o pesquisador Aryeh Gorestky, da ESET, há vitimas em pelo menos 17 países até o momento, entre eles Reino Unido, África do Sul, México e Espanha. A Kaseya pediu aos seus clientes que mantenham o software offline enquanto a questão é resolvida.

A rede de supermercados da Suécia Coop revelou ter fechado cerca de 500 lojas no país ontem após ter sido alvo do ataque. À BBC, um porta-voz da varejista disse que tomou a decisão de não abrir a maioria de seus estabelecimentos hoje enquanto a situação é solucionada.

Em publicação no Twitter, a agência de Cibersegurança e Segurança de Infraestrutura (CERT, na sigla em inglês) dos EUA informou que "está tomando ação para entender e lidar com o recente ataque contra a Kaseya VSA".

Os ataques acontecem pouco mais de duas semanas depois de o presidente dos EUA, Joe Biden, pedir ao homólogo russo, Vladimir Putin, que tome medidas para conter os ataques cibernéticos vindos do país. Durante encontro presencial, em Genebra, Putin voltou a negar que o governo tenha relação com os casos.