zonas de conflito

Cruz Vermelha quer garantia de segurança para transportar ajuda russa

O chefe da Cruz Vermelha na Europa e Ásia Central, Loran Korba, chega na próxima terça-feira (19) a Moscou com o objetivo de agilizar o envio da ajuda a seu destino final

Seg, 18/08/14 - 13h50

A Cruz Vermelha advertiu nesta segunda-feira (18) que segue à espera do governo de Kiev e dos separatistas pró-russos darem as garantias de segurança para assumir o transporte, a gestão e repartição da ajuda humanitária russa para a população que vive em zonas de conflito armado no leste da Ucrânia.

"Esperamos garantias de segurança de todas as partes. Neste momento, seguimos sem ter plenas garantias" neste sentido, disse à agência russa "Interfax" a porta-voz do escritório da Cruz Vermelha para a Rússia, Bielorrússia e Moldávia, Victoria Zotikova.

O chefe da Cruz Vermelha na Europa e Ásia Central, Loran Korba, chega na próxima terça-feira (19) a Moscou com o objetivo de agilizar o envio da ajuda a seu destino final, que será seguramente a cidade de Lugansk, sitiada pelas forças ucranianas e à beira uma catástrofe humanitária.

O Ministro das Relações Exteriores da Rússia Sergei Lavrov disse, após reunião com ministros da Ucrânia, França e Alemanha, que todas as questões sobre o comboio haviam sido resolvidas e havia um acordo com a Ucrânia e com a Cruz Vermelha. Não ficou claro se o acordo se refere à garantia de segurança pedida pela Cruz Vermelha.

Fronteira

Os primeiros 16 caminhões russos do comboio humanitário, formado por 262 veículos, permanecem na passagem fronteiriça russa chamada Donetsk, onde chegaram no domingo (17) após ser inspecionados pelo pessoal do Comitê Internacional da Cruz Vermelha.

A Guarda Fronteiriça e o Serviço de Alfândegas ucranianos seguem sem iniciar a revista da carga russa à espera de que o façam, presumivelmente entre esta segunda (19) e a próxima terça-feira, especialistas da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE).

"Após a revista, a carga será entregue a representantes oficiais da Cruz Vermelha para sua segurança" até seu destino, apontou o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional e Defesa ucraniano, Andrei Lisenko.

Não há data para a entrada na Ucrânia do comboio russo, formado por 262 caminhões com 1,9 mil toneladas de alimentos, remédios, sacos de dormir e geradores elétricos a bordo.

Os caminhões, em cada um dos quais deverá ir pelo menos um membro da Cruz Vermelha, por exigência expressa de Kiev, cruzarão a passagem fronteiriça ucraniana de Izvarino, em mãos dos separatistas pró-Rússia -assim como boa parte de toda a rota que separa a fronteira do destino final da carga.

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Folhapress