Tempestade tropical

Furacão Iota se aproxima da América Central e países se preparam para impacto

Inundações e deslizamentos em Honduras e na Nicarágua poderão ser exacerbados pelos efeitos recentes do Eta; milhares de pessoas estão sendo removidas

Sáb, 14/11/20 - 16h46
Tempestade tropical Iota deve alcançar status de furacão neste domingo e provocar devastação em países da América Central | Foto: RAMMB/NOAA/NESDIS / AFP

Os países centro-americanos se preparam neste sábado (14) para a chegada de um novo furacão, dias depois que o ciclone Eta deixou mais de 200 mortos na região.

A tempestade tropical Iota se encontrava no Caribe, avançando lentamente para a América Central, que poderá começar a sentir seus efeitos neste domingo, segundo o Instituto Meteorológico Nacional (IMN) da Costa Rica.

"Iota continuará ganhando força de forma constante em sua passagem pelo mar do Caribe e deverá alcançar a categoria de furacão neste fim de semana", aponta o relatório do IMN, baseado em projeções do Centro Nacional de Furacões (NHC) dos Estados Unidos. Segundo o centro, "inundações e deslizamentos em Honduras e Nicarágua poderão ser exacerbados pelos efeitos recentes do Eta, resultando em impactos significativos".

Autoridades de Honduras começaram a remover milhares de pessoas do vale de Sula, localizado nos arredores de San Pedro Sula, região mais atingida pela passagem do Eta. O governo ordenou o descarregamento de água da principal represa hidrelétrica do país, ante o risco de transbordamento e inundação em San Pedro Sula e localidades vizinhas.

Trajeto repetido

Se mantiver seu rumo, o novo ciclone tocará a terra perto de Cabo Gracias a Dios, entre Honduras e Nicarágua, assim como o Eta, que causou morte e destruição da Guatemala ao Panamá. Calcula-se que vivam na região de Cabo Gracias a Dios cerca de 2.000 pessoas.

Na comunidade de Bihmuna, norte da Nicarágua, autoridades começaram a remover cerca de 1.600 pessoas, segundo autoridades de Waspam. "É uma emergência grande para o município de Waspam", região habitada por indígenas, assinalou ontem a prefeita Rose Cunnigham.

O Eta provocou inundações e deslizamentos que afetaram 2,5 milhões de pessoas e deixaram mais de 200 mortos, segundo órgãos de defesa civil centro-americanos.

O presidente da Guatemala, Alejandro Giammattei, pediu à população que evite se dirigir às províncias mais ameaçadas nos dias mais chuvosos, devido ao risco de deslizamentos e bloqueios de estradas.

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