Perigo

Homem morre após se automedicar com cloroquina, droga em teste para coronavírus

Paciente tomou fosfato de cloroquina junto com sua esposa, que ainda está internada; hospital norte-americano orientou sobre os perigos da automedicação

Ter, 24/03/20 - 08h38
Ministério da Saúde brasileiro oferece aos médicos do país a possibilidade de utilizarem a cloroquina como opção de tratamento | Foto: Marcelo Casal Jr/Agência Brasil

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Um homem morreu nos Estados Unidos após se automedicar com cloroquina. A droga, utilizada por pacientes que sofrem de malária e outras doenças, é uma das que estão sendo testadas para tratar pacientes com o novo coronavírus. A esposa dele, que também teria ingerido a mesma substância, está em estado grave no hospital Banner Health, em Phoenix, no Arizona.

Segundo informou o hospital, o casal tomou fosfato de cloroquina, utilizado para a limpeza de aquários e formulado de uma maneira diferente daquela empregada para o medicamento. Os sintomas no organismo começaram a aparecer 30 minutos após a ingestão. Daniel Brooks, médico e diretor do hospital, pediu que as pessoas não se automediquem.

"Dada a incerteza em torno da Covid-19, entendemos que as pessoas estão tentando encontrar novas maneiras de prevenir ou tratar esse vírus, mas a automedicação não é a maneira de fazer isso", afirmou o hospital em comunicado enviado à imprensa, assinado por Brooks.

Testes

Nos Estados Unidos e na Europa, a substância cloroquina está sendo utilizada para tratar pacientes mais graves com coronavírus, mas os testes ainda estão sendo conduzidos. No Brasil, o Hospital Albert Einstein também está testando a droga, e o presidente Jair Bolsonaro já ordenou o aumento da produção.

O governador de Nova York, Andrew Cuomo, diz que o Estado adquiriu 70 mil doses de hidroxicoloroquina, 750 mil doses de cloroquina e 10 mil doses de Zithromax – um antibiótico – a serem implementadas em testes a partir desta terça-feira. As informações são da ABC. 

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