Patrimônio

Itália acha quadros roubados por nazistas 

Todas os três quadros precisam passar por restauração porque apresentam partes que estão “frágeis” e as cores perderam o brilho

Ter, 19/04/16 - 03h00
“Nossa Senhora com o Filho”, de Cima da Conegliano, é um deles | Foto: WikiCommons/Reprodução

MILÃO, Itália. Os policiais do Núcleo de Tutela do Patrimônio Cultural (TPC) localizaram três obras de arte roubadas pelos nazistas em casas de colecionadores de Milão. Segundo os policiais, tratam-se de “importantíssimas pinturas” que pertenciam ao então príncipe de Luxemburgo, Filipi de Bourbon-Parma. As informações são da Agência Italiana de Notícias (ANSA).

Os quadros “Nossa Senhora com o Filho”, de Giovanni Battista Cima (Cima da Conegliano – 1440-1518); a “Trindade”, atribuída à Alesso Baldovinetti (1425-1499), e a “Circuncisão do Menino Jesus”, de Girolamo Dai Libri (1474-1555), estavam na casa de dois colecionadores herdeiros das obras em Milão.

Todas os três quadros precisam passar por restauração porque apresentam partes que estão “frágeis” e as cores perderam o brilho. As pinturas já foram objeto de ressarcimento aos proprietários por parte do Ministério do Tesouro da Itália e a família perdeu os direitos sobre as peças.

Entenda. Em 1938, antes da Segunda Guerra Mundial, um decreto obrigava os judeus estrangeiros a abandonar o território italiano e, em vista de tal afastamento, o Ministério da Educação criou uma outra lei para defender o patrimônio artístico nacional para que ele ficasse no país.

Em 1939, foi criado, então, o Órgão de Gestão e de Liquidação Imobiliária com o objetivo de subtrair os bens dos judeus. Com a entrada da Itália na guerra, o órgão começou a executar a apreensão com maior intensidade os bens estrangeiros dos “inimigos”. Essas peças, assim como muitas outras, foram levadas da Itália pelo Exército nazista para a Alemanha. Em 1945, no entanto, parte das obras foram recuperadas por militares norte-americanos e devolvidas aos Bourbon-Parma.

Com ANSA

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