Massacre

Novas prisões no Sri Lanka após sangrentos atentados

Agentes fizeram 18 detenções de suspeitos ligados aos ataques ocorridos no domingo de Páscoa que deixaram 358 mortos

Qua, 24/04/19 - 11h32
Ataques no Sri Lanka ocorreram durante missa no domingo de Páscoa | Foto: ISHARA S. KODIKARA / AFP

A polícia do Sri Lanka realizou, nesta quarta-feira (24), novas prisões de suspeitos ligados aos atentados ocorridos no país asiático no domingo (21) de Páscoa.

Reivindicados pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI), os ataques deixaram 359 mortos e estão entre os mais sangrentos desde o 11 de setembro de 2011, nos Estados Unidos.

Durante a madrugada, os agentes fizeram 18 detenções, que se somam às 40 prisões realizadas desde domingo.

Nesta quarta, o balanço de vítimas voltou a ser revisto para alta, de 320 para 359 mortos, além de pelo menos 500 feridos.

Os terroristas provocaram uma verdadeira carnificina na manhã de domingo em três hotéis de luxo e três igrejas, em plena missa de Páscoa, na capital Colombo e em outras três cidades do país. Além disso, uma tentativa de ataque a um quarto hotel de luxo na capital foi frustrada.

O EI assumiu a autoria dos atentados, apesar de o governo do país apontar para o grupo extremista islâmico local National Thowheeth Jama'ath (NTJ), que teria contado com ajuda "internacional".

Em coletiva de imprensa nesta quarta-feira, o vice-ministro da Defesa, Ruwan Wijewardene, declarou que os ataques teriam sido cometidos por uma "facção dissidente" do NTJ, mas não deu outros detalhes.

Os primeiros indícios revelados pela investigação apontam que dois irmãos muçulmanos, filhos de um rico comerciante de especiarias, tiveram um papel-chave nos atentados.

Eles atacaram os hotéis Shangri-La e Cinnamon Grand Hotel durante o café da manhã. O pai deles está entre os presos, confirmou Wijewardene.

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