Eleições

Obama parabeniza adversários, mas afirma que pode vetar leis

Republicanos conquistaram maioria no Senado depois de oito anos de domínio dos democratas

Qui, 06/11/14 - 03h00

Washington, EUA. O presidente dos Estados Unidos, o democrata Barack Obama, disse nesta quarta que a vitória dos republicanos é um sinal da população norte-americana de que ambos os partidos devem trabalhar pelos interesses dos cidadãos.

Em pronunciamento, ele parabenizou o presidente da Câmara dos Representantes, John Boehner, e o futuro presidente do Senado, Mitch McConnell, pela vitória e disse que os republicanos tiveram uma “boa noite” nas eleições realizadas nessa terça.

Por outro lado, Obama vê a vitória adversária, assim como a alta abstenção nas urnas (mais de dois terços não votaram) como um sinal da população que ele diz ter ouvido.

“A população norte-americana mandou uma mensagem, uma que eles enviaram em diversas eleições. Eles esperam que os que eles elegem trabalhem o mais duro possível. Eles querem que o trabalho seja feito. Quero que vocês saibam que eu os ouvi”, afirmou o presidente.

Obama defendeu que ele e os líderes democratas e republicanos se reúnam para comparar os programas do país antes de definir as prioridades para a próxima legislatura. O primeiro encontro, segundo ele, deve ser nesta sexta.

Veto. Por outro lado, o presidente norte-americano afirmou que poderá usar o poder de veto para retirar algumas medidas aprovadas pelos republicanos. “O Congresso vai aprovar medidas que eu não vou assinar. Nós certamente poderemos encontrar formas de trabalhar em conjunto em temas que têm forte aprovação entre o povo norte-americano”, concluiu.

Dentre as áreas em que ele afirma concordar com os republicanos, estão a aprovação de novas formas de financiamento para os universitários e o aumento do salário mínimo.

Vitória. A oposição republicana conquistou os assentos que precisava para garantir o controle do Senado norte-americano, que está há oito anos nas mãos do Partido Democrata, do presidente Barack Obama. Os republicanos tinham que tirar seis cadeiras do Senado das mãos dos democratas para chegar aos 51 senadores (de um total de cem).

Os republicanos conquistaram as cadeiras de Virgínia Ocidental, Dakota do Sul, Montana, Arkansas, Colorado, Carolina do Norte e Iowa, que estavam em poder dos democratas.

Neste ano, estavam em jogo 36 das cem cadeiras do Senado e todas da Câmara.

A Câmara dos Representantes (deputados), hoje controlada pelos republicanos, continua nas mãos do partido. São 242 republicanos e 174 democratas, com 14 assentos ainda não definidos.

Vale ressaltar, no entanto, que, em uma campanha que priorizou as mensagens negativas e os ataques aos adversários, os dois grandes partidos americanos não conseguiram empolgar.

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